A influenciadora digital Ludmilla Cavalcante, candidata a deputada federal pelo Podemos no Acre, obteve apenas 1.153 votos, apesar de ter recebido um dos maiores repasses do partido, por meio do Fundão Eleitoral, para custear despesas de campanha. Ela recebeu R$ 300 mil, o terceiro maior valor dos candidatos da legenda a federal. Avaliando o custo entre recebimento de recursos e votos, cada voto da blogueira é estipulado em R$ 260, um dos mais caros.
Apesar de não eleito, o candidato mais votado da legenda a federal do Podemos no Acre foi o médico Rodrigo Damasceno, que obteve 5.919 votos e recebeu apenas R$ 200 mil. No custo da proporção voto e dinheiro, cada voto ao profissional da saúde custou R$ 33.
A distribuição de recursos por parte do Podemos é questionada por Rodrigo Damasceno nesta segunda-feira, 3, em sua página no Instagram. “Gostaria de saber onde meu partido gastou o dinheiro. Inclusive com nossos candidatos! Seria bom nos posicionar essa condição e os votos que tiveram! Estou aí, sou a menor proporção voto dinheiro investido. Mas gostaria de saber o motivo da nossa chapa não ter os votos esperados?”, questionou o candidato que na publicação marcou a Polícia Federal do Acre e o Ministério Público do Acre, dando a entender que pede algum tipo de investigação.
A que mais recebeu recursos no Podemos para candidatura a federal foi a engenheira Izabelle Araújo. Ela recebeu R$ 487 mil e obteve apenas 1.921 votos. A proporção voto e dinheiro ficou em R$ 253. Já o segundo que mais recebeu recursos da chapa foi o ex-secretário Arthur Neto, com R$ 360 mil e votação de 3.328 votos, com o custo por voto avaliado em R$ 108.
Outro que chama atenção na chapa do Podemos é o modelo acreano Marcelo Bimbi que recebeu R$ 200 mil do Fundão, mas recebeu 381 votos, onde cada voto sairia por R$ 524. Loy Rego, também candidato, obteve 731 votos e recebeu R$ 250 mil do fundão, onde cada voto custaria R$ 342.
CONFIRA OS VOTOS DA LEGENDA DO PODEMOS E OS VALORES RECEBIDOS: