No Acre, até a noite deste sábado, 1 de outubro, 105 denúncias foram registradas pela Justiça Eleitoral. Destas, 65 ocorreram só em Rio Branco neste 1º turno. Todas as ocorrências envolvem propaganda ilegal. Além da capital, Xapuri teve 13 queixas e Brasileia 11, cidades que se destacaram nesta campanha quando o assunto é crime eleitoral.
Cidades pequenas, como Jordão, Capixaba e Assis Brasil também apareceram nesse cenário. Jordão, inclusive, recebeu operação da Polícia Federal em investigação de compra de votos. A segunda maior cidade do Acre, Cruzeiro do Sul, no entanto, só registrou uma queixa.
O registro de crimes na plataforma Pardal, que recebe e encaminha denúncias na Justiça Eleitoral, é menor este ano que na eleição de 2018, quando foram apresentadas 132 queixas.
Visando combater as fake news que tanto assolam as campanhas, a Justiça Eleitoral conta, desde 2019, com o Programa de Enfrentamento à Desinformação, que se tornou uma ação permanente em 2021. A iniciativa tem 154 parceiros, incluindo representantes de redes sociais e plataformas digitais, instituições públicas e privadas, entidades profissionais, entre outros. O programa se destina a prevenir e combater a disseminação de notícias falsas sobre o processo eleitoral, principalmente na internet.
Em 2022, foi lançado o Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições. Por meio da ferramenta, cidadãs e cidadãos puderam, neste 1º turno, comunicar à Justiça Eleitoral o recebimento de notícias falsas, descontextualizadas ou manipuladas sobre o processo eleitoral brasileiro. O trabalho deve continuar em caso de segundo turno.
As denúncias foram repassadas às plataformas digitais e às agências de checagem parceiras da Corte Eleitoral no Programa de Enfrentamento à Desinformação para rápida contenção do impacto provocado pela disseminação desse tipo de conteúdo na internet.