O acreano identificado por Thiago da Silva Rocha vem sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal por aplicar golpes que ultrapassam os R$ 30 milhões em várias vítimas espalhadas pelo país.
A reportagem do Metrópoles divulgou que o estelionatário criou o personagem para aplicar um golpe milionário. O homem desfrutava de noitadas em boates sofisticadas sempre regadas a bebidas importadas, carrões superesportivos e viagens para lugares paradisíacos.
O jornal apurou que Thiago desembarcou em Brasília com objetivo de fazer fortuna. Ele começou a frequentar eventos organizados pela alta sociedade da capital da República e passou a fazer amizade com profissionais de sucesso, como médicos, advogados, empresários e servidores públicos federais do Executivo, Legislativo e Judiciário. Desde então, Thiago engordou a sua carteira de clientes.
Com o tempo, o homem se passou por operador que mostrava aos clientes que era possível ter lucro mensal de 3% sobre o valor aplicado nos chamados blocos de ações e no mercado de criptoativos. Para enganar as vítimas, Thiago fazia reuniões, ministrava cursos de operação no mercado financeiro e mostrava a evolução das aplicações em tempo real por meio de uma plataforma desenvolvida por ele.
A reportagem destacou que Thiago se aproximou da família de uma trader, acostumada a operar no mercado financeiro. Durante meses, o golpista criou vínculo de amizade com a vítima e parentes dela, como o pai e a irmã. Na ocasião, a vítima foi convencida a retirar todas as aplicações financeiras usadas para operar no mercado de renda variável e repassá-las ao suposto trader. O caloteiro chegou a ficar com a senha de várias contas e controlar o montante de aproximadamente R$ 1 milhão.
Ao todo, o homem identificou pelo menos 21 vítimas do Magnata. O prejuízo de cada pessoa lesada varia. Há quem tenha perdido R$ 100 mil, R$ 500 mil e até valores com cifras superiores a R$ 1 milhão. Também houve casos de clientes que venderam empresas para investir nos negócios do estelionatário. As vítimas do golpista em vários estados do país – entre os quais, Minas Gerais, Acre e Goiás.
Com o sumiço e golpe milionário do acreano, a reportagem não conseguiu localizar o estelionatário para ouvir a sua versão dos fatos descritos.