Já escrevi dezenas de vezes que as articulações políticas do senador licenciado Márcio Bittar servem para ajudar os candidatos dos partidos da “esquerda”, ou seja, o PT e o PSB.
Vamos às provas da minha afirmação: enquanto Bittar lutava para emplacar a sua louca obsessão de empurrar goela abaixo a ex-mulher, Marcia Espinosa, como candidata a vice governadora de Gladson Cameli, tanto Jorge Viana quanto o deputado Jenilson mantinham-se como candidatos ao governo do Estado.
Eles sabem que o nome de Márcia Bittar é pesado demais, o que pode ser aferido pela estrondosa reação dos eleitores de Cameli declarando que não votariam na chapa Gladson/Marcia. Gladson até que tentou ajudá-la, mas o esforço foi em vão e lhe causou profundos arranhões.
A ex de Marcio é o produto daquilo que ela mesmo falou nas entrevistas que concedeu. Ninguém colocou uma palavra na boca dela. Ela é autora da letra, da música e dos arranjos das bobagens que adubam tamanha rejeição .
A situação mudou quando o governador entendeu que Marcia puxava pra baixo e anunciou o deputado Alan Rick como vice.
A reação imediata de Jorge Viana e Jenilson Lopes foi abandonar a pretensão de disputar o governo, abrindo a maior crise na esquerda pela disputa ao Senado.
Trocando em miúdos: a retirada de Marcia para a entrada de Alan deu um “chega pra lá” na esquerda. Tão cristalino que nem precisa desenhar.
Como um político profissional e carreirista, Bittar deveria, humildemente, reconhecer isso. Mas, ao contrário. Márcio atiçou a confusão.
Apesar de jurar de pés juntos que não é mais comunista, Marcio não esqueceu a prática comunista de acusar o outro daquilo que ele faz.