O presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano, declarou repúdio neste sábado, 23, pelo fechamento do Mineirão Atacarejo e o desligamento de pelo menos 100 trabalhadores. Outra indignação manifestada pelo empresário foi a notícia de suspensão do envio de recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) para recuperação de trechos da BR-364.
Para Adriano, ambas as situações desencadeiam aflição. “A gente precisa ter um olhar diferente para esses investimentos que chegam ao estado e de uma hora para outra saem e nos deixam sem nenhuma explicação, nem razão clara”. De acordo com ele, essa desmobilização afeta os sonhos das famílias e deixa os acreanos preocupados. “A gente precisa pensar em como interagir com esses investimentos dentro desse formato aqui no Acre”.
A falta de recursos para a BR-364 é vista como inadmissível. “Nosso transporte no estado é movido por estradas e a gente ficar tendo esse problema recorrente não pode. Pelo menos no verão a gente tem que ter essa manutenção, corrigindo pontos críticos, evitando acidentes, pelo menos durante o período de verão a gente precisa ter uma BR trafegável e com segurança”.
José Adriano aponta ainda a falta de sensibilidade dos atuais parlamentares federais em tentar solucionar a problemática. “Eles se preocupam muito em discutir orçamento secreto, verbas para uma série de outros serviços, mas não focam exatamente naquilo que é o principal, que dá dignidade às pessoas e o direito de ir e vir”, afirma.
O empresário assegura que já passa da hora de ser tomada uma atitude. “Enquanto presidente licenciado de uma federação e olhando para todo o setor produtivo, a gente vê essas situações com muita preocupação. Sem contar os mais de 200 pais de família que perderão seus empregos nesse momento que ainda sentimos aflição no momento de pós-pandemia”.