Antes que seja tarde, os verdadeiros amigos e aliados políticos do governador Gladson Cameli precisam sair da zona de conforto para se manifestarem a favor ou contra a pretensão da senhora Márcia Espinosa, a poderosa ex-mulher do senador Marcio Bittar, de concorrer como vice-governadora.
Até o momento, não temos nenhuma palavra final ou entrevista do governador sobre a polêmica indicação feita por um grupo de nove partidos, a maioria sem quaisquer representações e sendo três deles presididos regionalmente pela família Bittar — o União Brasil (Marcio), o Partido Liberal (Edson “Bittar”) e o Republicanos (João Paulo Bittar).
Por enquanto, apenas uma cilada armada.
Não é correto que deixemos o governador apanhar sozinho com o ardente chicote ante a impressionante força da reação negativa causada pela pretensão da senhora Espinosa e de seu ex-marido.
Será que apenas eu estou lendo nas redes sociais e ouvindo nas ruas declarações de gente dizendo abertamente que não votará no governador caso a sua vice seja dona Espinosa?
As pesquisas vêm indicando a rejeição crescente dela em decorrência das declarações infelizes e estapafúrdias em poucos meses que se movimentou como pré-candidata a se dar bem.
A que se refere aos professores é a mais emblemática.
O esforço hercúleo para tentar guindar a “preferida do Bolsonaro para o Senado” ao cargo de vice-governadora pode virar um caríssimo prêmio de consolação e uma batata quente nas mãos do governador.
As pesquisas de opinião indicam a crescente rejeição dela e se sabe que mais adiante poderá assumir o governo enquanto o seu ex-marido estará disputando o governo estadual.
O que estão fazendo é uma estratégia de cunho pessoal e familiar e, ainda, suicida, pois poderá comprometer o que é considerada como a vitória quase certa de Gladson Cameli, de acordo com a indicação de diversas pesquisas de opinião pública.
Quanto a mim está resolvido: meu voto no governador não fará nenhuma diferença.
Meu receio é quanto aos milhares de votos que poderão sair da cesta de Gladson Cameli.