Ricardinho Vitorino de Souza, que é conhecido como “matador do Comando Vermelho”, e mais três colegas da facção deverão enfrentar pelo julgamento no júri popular. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (31) pela juíza Luana Cláudia de Albuquerque Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em audiência de instrução e julgamento.
O processo vai ser desmembrado em relação ao réu Fabrício Feitosa dos Santos, que se encontra na condição de foragido e com prisão preventiva decretada. O processo agora vai ao Ministério Público e à defesa para as alegações finais. O quinteto é acusado de tentar matar um Agente Socioeducativo em 2019, em uma rebelião na Pousada Aquiry.
De acordo com as informações, Ricardinho Vitorino, Francisco Giovânio da Silva, Fabrício Feitosa dos Santos, Daniel de Oliveira Lima e Malaquias dos Santos Pereira, já eram maiores de idade, cumpriam penas na Unidade Socioeducativa Aquiri quando no dia 2 de setembro de 2019 iniciaram uma rebelião juntamente com a maioria dos internos.
Durante o motim, eles tentaram matar a golpes de “estoque” o Agente Socioeducativo Raimundo Nonato Pereira de Souza, que foi atingido várias vezes e foi hospitalizado em estado grave. A rebelião só terminou devido a intervenção do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), sendo todos os cabeças do movimento, dentre eles Ricardinho, presos em flagrante.
Agora eles irão responder por tentativa de homicídio qualificado, corrupção de menores e participação em organização criminosa. O faccionado Ricardinho é apontado como autor de mais de 15 execuções e já foi indiciado por 10 delas na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), já tendo mais de 100 anos de pena a cumprir.