A informação do piloto Rodrigo Castro, do helicóptero que caiu no dia 8 de maio em Cruzeiro do Sul, de que o motor da aeronave parou durante o voo, ganha força com informações preliminares do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Sipaer da Aeronáutica do Brasil.
Os dados indicam uma possível falha no motor da aeronave, mas ainda não se trata do relatório final das causas do acidente feito a partir da perícia feita no helicóptero dois dias depois da queda por militares do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – CENIPA da Aeronáutica do Brasil.
O piloto, que saiu da aeronave logo depois do acidente com o técnico em enfermagem, João Gomes, disse a moradores do Crôa que o ajudaram a chegar até a cidade e a profissionais de saúde do Hospital do Juruá, que já estava bem próximo a Cruzeiro do Sul e já via a cidade quando o motor parou. Contou que então fez uma manobra que aprendeu nos cursos para “salvar a vida de todos”. Rodrigo tem 13 anos de experiência e relatou que esta foi a primeira situação desta natureza que enfrentou.
No histórico da ocorrência consta que o helicóptero estava aproximadamente 20 milhas náuticas de Cruzeiro do Sul quando motor perdeu potência. A aeronave caiu em uma área de mata com 7 pessoas e ninguém morreu.
“Os dados aqui disponibilizados são preliminares e visam a transparência das informações que temos até o momento. Por isso, não contêm as análises das informações coletadas, nem os fatores contribuintes, e estão sujeitas a modificações conforme o andamento dos trabalhos de investigação”, pontua o relatório da Sipaer.
A perícia no local do acidente foi feita com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas – Ciopaer da Polícia Militar do Acre. Os militares, um major, um capitão e um sargento da Aeronáutica, estudaram o cenário, entraram e pegaram em peças da aeronave e tiraram fotos.
O objetivo da perícia é indicar as causas e prevenir novos acidentes. O processo compreende a reunião e a análise de informações e conclusões, incluindo a identificação dos fatores contribuintes para a ocorrência, visando a formulação de recomendações sobre a segurança.
O helicóptero de propriedade da empresa FlyOne, com sede no Rio de Janeiro, segue tombado na região de floresta próximo ao Rio Crôa em Cruzeiro do Sul. A empresa foi contratada pelo Distrito Sanitário Espacial Indígena do Alto Juruá- Dsei, em janeiro deste ano, para o transporte de indígenas que necessitarem de tratamento de saúde, das terras indígenas para Cruzeiro do Sul.