Na semana passada, vários jovens do bairro Novo Calafate foram covardemente espancados por policiais militares à paisana pelo simples fato de tentar cruzar o conjunto residencial Pedro Roseno, próximo à Fundação Hospitalar, onde a população é composta em sua maioria por policiais militares.
Devidos aos socos e tapas recebidos, um dos rapazes que é especial vem sofrendo problemas de saúde. “Ele não consegue dormir, comer com dificuldades, sente dores e está traumatizado. Fiz uma denúncia junto à Polícia Civil e exijo que seja feita justiça”, comentou o professor Juscelino Dantas, pai de dois dos jovens agredidos.
Na quinta-feira (5) da semana passada, os dois irmãos e outros jovens tentavam cruzar o conjunto Pedro Roseno, próximo à Fundação Hospitalar, quando foram abordados por um homem numa motocicleta que mais tarde foi identificado como sendo o sargento Frota, que estava armado e sem nenhuma explicação passou a espancar os rapazes a tapas.
Outros policiais à paisana, que estavam comemorando a entrada na PM em uma distribuidora de propriedade do próprio sargento Frota, também passaram a espancar os rapazes, que apanharam muito, foram humilhados e só então liberados.
“O que mais me revolta é o fato de a gente ter apanhado sem ter cometido um único crime. Eles riam enquanto nos espancavam”, comentou o jovem de 16 anos.
O professor Juscelino Dantas, que é pai do menor de 16 anos e de outro rapaz de 18 anos, disse ter procurado um dos agressores, o sargento Frota, que teria pedido desculpas e se prontificado em ajudar na medicação, já que um dos agredidos é especial e tem problemas de saúde.
“Um simples pedido de desculpas não vai reparar o erro cometido. Não quero que outras pessoas sejam vítimas desse tipo de truculência”, comentou o professor, que denunciou o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público.
Problemas como o relatado, que possam configurar até um crime por parte da polícia militar em folga contra um civil, devem ser levados ao conhecimento primeiramente da Delegacia da Polícia Civil a quem cabe investigar a ocorrência de caráter ilícito praticado por qualquer pessoa, incluindo policiais militares no período de folga. E também ser comunicado à Corregedoria Geral do Comando da Polícia Militar.