O presidiário James Moreira, vai ser julgado pelo júri popular. A decisão é do Juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, em audiência realizada nesta quinta-feira (28).
“A materialidade do crime demonstra-se pelo laudo de morte, quando os indícios de autoria se evidenciam nos depoimentos das testemunhas”, disse o magistrado ao assinar a sentença de pronúncia.
James vai responder pela execução de Maria Antônia Vieira dos Anjos, devendo a data do julgamento ser conhecida nos próximos dias.
O crime, de acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a denúncia do Ministério Público Estadual, ocorreu no início da noite do dia 18 de março do ano passado e teve como palco um salão de beleza localizado à Travessa Santa Rosa, no bairro Recanto dos Buritis.
Maria Antônia, que era autônoma e estava em companhia da filha menor, fazia as unhas no salão de beleza quando foi surpreendida por dois homens que estavam numa motocicleta. Um deles, que portava uma arma de fogo, entrou e de pequena distância fez vários disparos contra a mulher indefesa, que atingida em cheio caiu no solo e morreu diante da filha desesperada, antes da chegada de uma equipe do SAMU.
Preso dias depois por investigadores da DHPP, James negou participação direta no crime. Ele disse que foi ao local da execução por ter sido forçado, sob ameaças de morte, por um homem que, segundo ele, foi quem matou a mulher. Evidentemente, não convenceu a ninguém, prova disso é que foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público.
A causa do assassinato seria briga entre facções, já que Maria Antônia Vieira dos Anjos seria mulher de um faccionado preso na Unidade de Recuperação Social Dr. Francisco d’Oliveira Conde. No entanto, até hoje a Polícia Civil não conseguiu chegar ao segundo envolvido, que seria o autor dos disparos.