As primeiras famílias atingidas pela cheia do Rio São Francisco, na capital, estão sendo abrigadas no Instituto de Educação Lourenço Filho. Até o momento já são 44 famílias no local, acomodadas nas salas de aula. Segundo a Coordenadora do abrigo, Rejane Cristina, as famílias são oriundas dos bairros da Paz, Mocinha Magalhães, São Francisco (Conjunto Edson Cadaxo e Rua da Tripa) e Pq. Da Palmeiras.
Além de abrigo e alimentação, as 175 pessoas instaladas na escola, também recebem atendimento clínico. A enfermeira Maria da Conceição Mustafa é responsável por esses atendimentos e explica que a maior ocorrência entre os adultos é de problemas relacionados à pele, por causa da água suja a que foram expostos. “já as crianças, o maior problema é a gripe, também por causa das chuvas”, completa a enfermeira.
Muitas famílias perderam tudo o que tinham e não sabem o que fazer quando voltarem para casa.
O pedreiro Antônio Adson mora numa região do bairro Mocinha Magalhães conhecida por sapolândia. Segundo ele, que está desempregado, a chuva foi muito forte e durante a madrugada, o que impediu a sua família de retirar todos os pertences (salvando apenas roupas e documentos). “o que eu mais preciso no momento é de um emprego, mas por causa das chuvas ninguém tá(sic) construindo”, lamenta Antônio.
O líder do Prefeito na Câmara, Vereador Gabriel Forneck, visitou os desabrigados no início da tarde desta sexta-feira. Segundo ele, como a capacidade do abrigo já está esgotada, a partir de agora, se novas famílias forem desalojadas pelas chuvas, o espaço utilizado para abrigá-las será o Parque de Exposições de Rio Branco. “A equipe da prefeitura já está preparando novos abrigos lá no Parque (de Exposições), até porque a previsão é de mais chuva para os próximos dias”, garante o Vereador.
Segundo informações da Defesa Civil de Rio Branco, o nível das águas do Rio Acre às 15:30 horas desta sexta-feira era de 13,79 metros.
