O Delegado Ricardo Casas, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura a morte de Marcondes Inácio de Oliveira, de 33 anos, que foi baleado pelo namorado de sua ex-mulher, na última terça-feira, 1º de março, disse em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (3) que ainda não há uma convicção formada sobre o crime.
De acordo com o delegado o policial penal Ronisson Costa da Silva, de 29 anos, acusado de ser o autor dos tiros que mataram a vítima no local do crime, tanto pode ser indiciado por homicídio como não, no caso de ficar comprovado que ele agiu em legítima defesa. Tudo vai depender de uma série de procedimentos investigatórios.
Primeiro, segundo o titular da DHPP, serão analisados os depoimentos. Depois, o interrogatório do policial será confrontado com as imagens das câmeras de monitoramento e, por fim, serão analisados os resultados das perícias para somente então poder ser decidido pelo indiciamento ou não do autor.
Ao se apresentar com seu advogado, Ronisson Costa da Silva prestou um longo depoimento ao delegado, quando respondeu tudo o que lhe foi perguntado por Ricardo Casas. Ele disse ter agido em legítima defesa e que disparou um único tiro. No final, a autoridade policial apreendeu a arma usada no crime, uma pistola ponto 40, que passará por perícia.
O crime
De acordo com Boletim da Polícia Militar, o crime ocorreu por volta de 5h40min de terça (1/3). Ronisson estava com seu carro estacionado na frente da casa de sua namorada, que é ex-mulher de Marcondes, quando ele chegou em outro carro.
O ex-marido parou ao lado do carro do policial penal, tendo em seguida saído e investido na direção do agente público com um facão em mãos. Um vídeo exibido nas redes sociais mostra que não houve discussão antes dos disparos.