“Desde o dia dos ocorridos que estamos fazendo um rigoroso trabalho de investigação. Evidentemente que não podemos adiantar muita coisa, o que certamente prejudicaria o trabalho de nossos investigadores. Posso adiantar que essas duas execuções estão praticamente solucionadas, e nos próximos talvez possamos até representar pela prisão de alguns dos envolvidos”.
A declaração é do delegado Ricardo Casas, quando falava a respeito das execuções do borracheiro Elizeu Pantoja da Silva, o “Sapo”, morto a tiros no bairro da Bahia Nova, e do evangélico Átila Melo da Silva, de 36 anos, assassinado no bairro Taquari, também dentro de casa.
Execuções
Elizeu Pantoja da Silva, conhecido por “Sapo”, tinha uma borracharia no bairro da Bahia Nova, onde morava com a família. No início da noite do dia 12 de fevereiro, depois de um dia de trabalho, estava em sua casa em um beco da Rua do Sol, quando foi surpreendido com a chegada de três homens em duas motocicletas, que invadiram a casa e o mataram com vários tiros.
A morte de Átila Melo da Silva foi idêntica. Pintor de paredes e evangélico, o trabalhador morava sozinho numa casa localizada no Ramal Menino Jesus, no bairro do Taquari, que na madrugada do dia 14 foi invadida por dois homens, que o executaram com três tiros, um deles na cabeça. Átila não tinha envolvimento com facções, e segundo vizinhos vivia para o trabalho e sua igreja.
“Ele trabalhava toda a semana e somente no domingo tinha tempo de ir para a igreja. Não perdia um culto”, comentou um vizinho.