O presidiário Rodrigo Duarte Gomes, considerado de altíssima periculosidade e atualmente recolhido à Unidade de Recuperação Social Dr. Francisco d’Oliveira Conde, deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio qualificado com agravante de feminicídio e ocultação de cadáver.
Ele foi denunciado pelo assassinato da namorada, Rosiane Martins Cavalcante, cujo cadáver com marcas de estrangulamento foi encontrado no interior de uma cisterna, na casa da vítima, no bairro Jardim Eldorado, no dia 6 de setembro de 2020.
O segundo envolvido, Anderson Oliveira da Silva, teve o processo desmembrado e será julgado em outra oportunidade.
A sentença de pronúncia foi assinada pela Juíza Luana Cláudia de Albuquerque Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital. A magistrada decidiu ainda pela manutenção da prisão preventiva do acusado com fundamento na garantia da ordem pública.
A data do julgamento ainda não foi marcada, o que deverá ocorrer nos próximos dias.
O crime
De acordo com os autos do inquérito policial instaurado pela Polícia Civil, ciúmes e uma suposta traição seriam as causas do assassinato.
Rodrigo Duarte, que era à época preso monitorado por tornozeleira eletrônica, mesmo sabendo que Rosiane fazia programas aceitava namorar com a mesma. Ao ficar sabendo que a moça tinha outro relacionamento resolveu tirar tudo a limpo com a garota que ganhava a vida vendendo produtos de beleza, roupas, perfumes e joias.
No dia 4 de setembro de 2020, Rodrigo foi até à casa de Regiane, onde a estrangulou após uma discussão. Na sequência, com a ajuda do amigo Anderson Oliveira da Silva, que estava em sua companhia e vai responder pela coautoria do crime, levou o cadáver para os fundos do imóvel o ocultando dentro de uma cisterna.
O corpo foi encontrado após dois dias. O acusado foi preso um mês depois.