Enfim, o governador Sebastião Viana vai entregar a primeira etapa da Cidade do Povo, o maior programa habitacional do Acre, que após concluído terá 10.518 unidades habitacionais, além de unidades de saúde, delegacias, praças, creches, escolas, setor de abastecimento, ruas pavimentadas e calçadas, além de área comercial.
Nessa primeira etapa serão entregues 392 unidades, durante solenidade marcada para as 9h da manhã desta quinta-feira, com a presença do ministro das Cidades, Guilherme Occhi.
A casas geminadas, com quarto, sala, cozinha e um banheiro com aquecedor de água são destinadas a famílias vítimas todos os anos das enchentes do rio Acre. Nenhuma família precisará pagar pela moradia. O único compromisso de cada morador firmado com o serviço social responsável pelo cadastro é de que as áreas alagadiças serão desocupadas.
Das 10.518 casas, cerca de 3,5 mil serão para pessoas que residem em bairros localizados na beira do rio. O governo promete que até o final do ano as outras moradias estarão prontas.
A obra do governo federal por meio do Minha Casa Minha Vida custará após concluída R$1,1 bilhão. Os recursos são da Caixa Econômica.
O mega-empreendimento habitacional, localizado no km-05 da BR-364, sentido Porto Velho, poderá ser considerado o 3º maior espaço urbano do Acre. A estimativa é de que 60 mil pessoas habitem o local depois de concluído.
Cidade do Povo: dividendo político para um governo em baixa?
No auge da chacota dos apitos e da onda de criminalidade imperando no Acre, a Cidade do Povo pode ser considerada um fôlego político para o governo de Sebastião Viana, que tem ainda como ponto negativo de sua gestão o famoso caso do G-7, além da crise provocada pela cheia do Rio Madeira.
Por outro lado, fica uma dúvida: será que a Cidade do Povo será capaz de remover o desgaste político do atual governo às vésperas de uma eleição? Apenas as urnas serão capazes de responder a tal pergunta.