Em sessão extraordinária na Câmara de Vereadores de Rio Branco nesta quinta-feira, 20, os vereadores aprovaram o projeto de lei complementar que propõe uma reforma administrativa na prefeitura da capital. A matéria seguirá para a sanção do prefeito Tião Bocalom.
A matéria da reforma administrativa foi aprovada por 10 votos favoráveis e 4 contrários, sendo eles: Emerson Jarude, Adaílton Cruz, Michelle Melo e Ismael Machado. Os que se posicionaram favorável ao prefeito foram Antônio Moraes, Arnaldo Barros, Célio Gadelha, Fábio Araújo, Hildegard Pascoal, Joaquim Florença, Raimundo Castro, Raimundo Neném, Rutênio Sá e Samir Bestene.
Nos bastidores, Informações repassadas ao ac24horas aponta que dos 150 cargos comissionados, 40% deverá ser dividido entre os 10 parlamentares favoráveis ao projeto. A proposta, apresentada por Bocalom, foi entregue à Câmara no último dia 11 de janeiro e passou pela Procuradoria do parlamento antes de ser aprovada pelas Comissões de Constituição e Justiça e a de Orçamento e Finança.
A prefeitura de Bocalom propõe no projeto a criação de 150 cargos comissionados e secretarias, além de fazer alterações na estrutura administrativa. A reforma prevê um aumento de cerca de R$ 15,6 milhões nos gastos da máquina pública.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Raimundo Castro (PSDB), justificou o projeto de reforma administrativa afirmando que Bocalom pegou a cidade com estruturas inadequadas. Castro contou que o prefeito precisa dessas mudanças para trabalhar melhor e mostrar melhores resultados na administração pública.
Contrária a matéria, a vereadora Michele Melo (PDT) se posicionou alegando que o objetivo não será para benefício da população. Na ocasião, Melo elogiou a ex-prefeita Socorro Neri que administrou com a máquina pública reduzida. “Se a antiga gestão passada conseguiu fazer com essa estrutura, por que essa não? É mais cargos que na gestão do Marcus Alexandre. Os cargos é para apadrinhamento político em pleno ano eleitoral”, desabafou.
O vereador Antônio Moraes defendeu a reforma administrativa de Tião Bocalom, para ele, é normal um chefe do executivo realizar mudanças. “Como vereador eu tenho que dar condições para ele trabalhar. Só para se ter uma ideia, vai chegar mais de 60 máquinas. Nunca votei contra servidor, e quando chegar o PL dos servidores eu vou lutar”, ressaltou.
A despesa da atual gestão com pagamento de pessoal está na casa de R$ 6,8 milhões, caso o PL seja aprovado o aumento de novos cargos e secretarias deverá fazer a prefeitura gastar um valor extra de R$ 15 milhões – totalizando um valor superior de R$ 22 milhões, por isso, também está incluso o projeto de lei que a altera a Lei Orçamentária para o exercício de 2022.