Mais de 100 motoboys se reúnem em frente a lanchonete Máfia Lanche, em Rio Branco, em protesto contra a atitude de do proprietário do local, José César Amorim da Rocha, 53 anos, que na ocasião negou um sanduíche e parte do pagamento das entregas ao seu entregador, Taylom Souza dos Santos, 23 anos, na madrugada da última terça-feira, 11.
Antes de seguir até o lanche, os entregadores fizerem uma concentração em frente a praça do Juventus. Sobre a manifestação, Taylom contou que a manifestação servirá para os donos de estabelecimentos terem mais respeito pelos trabalhadores. “Minha opinião é que isso foi uma sacanagem. Essa manifestação é para não ter mais o que aconteceu comigo e com outros motoboys”, explicou.
O entregador Caio Alves Gomes repudiou a atitude do dono da lanchonete, segundo ele, os trabalhadores merecem respeito. “Isso é o seguinte, pelo fato de trabalhar até às 3 da manhã, não precisava humilhar. O cara humilhou, era pra ele pegar as coisas e dizer pro cara não voltar. Ele explora muita gente”.
Relembre a história
Ao ac24horas nesta quinta-feira, 13, Taylom alegou ter sido vítima de uma grande humilhação durante seu expediente de trabalho. Na ocasião, ele contou que foi contratado para prestar serviço de entrega até às 3 horas da madrugada, onde o pagamento era a taxa das entregas, um extra de R$ 20 reais para o combustível e um sanduíche como janta no decorrer do serviço.
Porém, na noite de terça, Taylom disse que no horário acordado, informou ao dono que não iria realizar as entregas. Inconformado com a situação, César Rocha começou uma discussão com o entregador. “Nós tínhamos combinado para fazer esse extra. Na sexta eu fui ver e combinei com ele para ir das 19h às 3h da madrugada, mas, na terça-feira ocorreu isso. Eu estava cansado e ao dizer que ia para casa, pois já havia dado meu horário, falei que não iria, ele então resolveu tomar meu lanche e disse que não pagaria minha taxa extra [ R$ 20 reais]”, declarou.
Já José César Amorim da Rocha, 53 anos, dono do lanche, disse não ter negado o lanche ao motoboy, segundo ele, a janta foi dada no início da noite. “Eu tenho motoboy que comprova o que tenho dito. Eu já tinha dado a janta a ele, não tenho direito e obrigação de ter dado de novo. Meu lanche fica até às 3 da madrugada, eu dava R$ 20 pela gasolina, lanche e taxas, no dia do ocorrido faltando 20 minutos saiu dois pedidos, a minha esposa fez e ele não quis entregar. Sobre o lanche, ele tinha me pedido, como ele não entregou eu não dei”, comentou.
A Polícia Militar se fez presente no local para conter os manifestantes e manter a integridade física do proprietário da lanchonete.