Em julgamento que durou mais de 15 horas, o Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri condenou os seis envolvidos no sequestro, execução e ocultação do cadáver da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, assassinado no início deste ano na Estrada do Amapá, em Rio Branco.
A Juíza Luana Cláudia Campos condenou todos os envolvidos a uma pena total de 280 anos, 2 meses e 10 dias de prisão em regime fechado. A ré Francisca Roberta Gomes Araújo da Cruz, que não compareceu ao tribunal, foi condenada à revelia e teve sua prisão preventiva decretada.
Penas
Todos os réus foram condenados por homicídio duplamente qualificado, cárcere privado, corrupção de menores, ocultação de cadáver e participação em associação criminosa.
A maior pena ficou para James Cley Pereira dos Santos, com 53 anos, 10 meses, 20 dias e 90 dias multa. Francisco Elcivan Leandro Rodrigues pegou 47 anos, 7 meses, 10 meses e mais 90 dias multa. Francisca Roberta Gomes foi condenada a 46 anos,5 meses, 10 dias de pena e mais 80 dias multa. Rosinei Pereira dos Santos a 46 anos, 5 meses, 1 dias e 80 dias multa. Rosinaldo Pereira dos Santos 43 anos, 3 meses, 10 e 80 dias multa, e os irmãos Yago e Thyego da Silva Sabino a 41 anos, 9 meses, 10 dias e mais 70 dias multa cada um, totalizando 280 anos, 2 meses e 10 dias de reclusão, além 480 dias multas.
O crime ocorreu no dia 29 de fevereiro desse anos no Ramal do Pica-pau, região do Amapá, no dia 29 de janeiro desse ano. Raquel Melo e a mãe Maria da Glória Rodrigues de Lima, haviam assistido um culto religioso numa Igreja Evangélica e retornavam para casa quando foram surpreendidas por um grupo armado.
Elas foram levadas para uma área de mata nas proximidades, onde a mãe foi liberada.
Mais tarde, dona Maria foi avisada que a filha tinha sido julgada e condenada pelo tribunal do crime.
Além de executada a facadas e tiros, a vítima foi esquartejada e sepultada numa cova rasa. Na manhã seguinte, a polícia prendeu os irmãos Tiago e Thyego Sabino, que os levou onde estava o corpo da menor.
No mesmo local, a polícia encontrou o cadáver de Aline Dinalva, irmã de criação de Raquel, que havia desaparecido fazia dois meses. Os demais envolvidos foram presos no decorrer das investigações.