Foto: Sérgio Vale
Na sessão da Assembleia Legislativa desta quarta-feira, 1, os deputados estaduais travaram um debate intenso sobre a questão do abono salarial para servidores da educação com sobras dos recursos do Fundeb.
O deputado Estadual Calegário (Podemos), da bancada independente, se posicionou favorável sobre o assunto e ainda fez menção reconhecendo o trabalho da oposição que juntamente com a base governista tem buscado uma solução para os servidores da educação.
“É importante lembrar-nos de todos, tantos os que já estão, como os que estão entrando e sem esquecer também daqueles que já deram a sua contribuição, no caso os aposentados. Nenhum servidor deve ficar pra trás. E estaremos debatendo para encontrar uma solução que possa auxiliar o Governo do Estado para que todos sejam comtemplados”, defendeu.
Já o deputado Gerlen Diniz (PP) ressaltou que o projeto de lei que concede abono ainda à Assembleia Legislativa, conforme noticiou o ac24horas no início desta semana
O parlamentar progressista se disse surpreso com a capacidade de alguns integrantes do governo de transformar algo bom em ruim.
“Base aliada que tem sido fiel ao governo, precisamos rever as pessoas que estão tratando desses temas”, disse ele referindo-se às idas e vindas dos projetos do Executivo.
“O governador tem sofrido com isso”, disse, afirmando que o anúncio do abono apenas trouxe desgaste até agora.
Ele discorda que o abono possa ser ampliado usando a fonte 100 aos servidores da educação. “Defendo que seja feito da fonte 100 para as demais categorias”, disse.
Diniz relembrou os tempos ruins da pandemia, alertando para que os cuidados sejam mantidos e potencializados ante à ameaça da nova variante da Covid-19.
O deputado Daniel Zen (PT) disse que ocorreram avanços na interpretação da legislação que rege o abono do Fundeb. “O que eram 8 mil, chegou a 12 mil e pode ir a 13 mil”, disse o petista acerca do número de beneficiários que podem realmente ser atendidos com o bônus.
“É pior deixar gente de fora que diminuir o valor individual”, disse. O governo tem dificuldades de alcançar o mínimo de 25% em educação, situação que contempla a defesa de Chico Viga em relação aos recursos da fonte 100. Uma reunião no TCE deverá esclarecer todas as dúvidas acerca das sobras do Fundeb. Ele propõe que seja unida a vontade política, pois o governo do Estado demonstra querer atender a mais servidores, com a saída jurídica.