Desde o início do último mês de setembro, a cidade de Cruzeiro do Sul está sem Defensor Público. A defensora Cláudia Aguirre, lotada no município, saiu para fazer mestrado na Itália, onde deverá ficar por um ano. Ela ainda não foi substituída. Além de Cruzeiro do Sul, a Defensoria também é responsável pela prestação do atendimento jurídico gratuito à moradores pobres dos outros quatro municípios do Vale do Juruá.
O fato causa revolta e reclamações na região. O pastor Edilberto é um dos que protestam. “Que vergonha está a nossa segunda maior cidade do Estado do Acre, nossa Cruzeiro do Sul.Uma vergonha para a população cruzeirense que não tem um defensor público na nossa cidade. Se precisar de um defensor tem que ser assistido por Rio Branco. O cidadão é prejudicado”, pontua.
Sem defensor local e sem atendimento presencial, o atendimento na Defensoria Pública de Cruzeiro do Sul é feito via online por uma equipe de assessores jurídicos, sob a coordenação de dois defensores públicos de Rio Branco.
A defensora pública geral do Estado do Acre, Simone Santiago, por meio de Nota emitida pela Assessoria de Comunicação, não explica a real situação do afastamento de Claudia Aguirre e cita férias. Também não fala em outro defensor para substituí-la.
Na Nota, a defensora chefe cita que os usuários não precisam se deslocar até Rio Branco para solicitar atendimento, que pode ser feito pela internet por meio do chat disponível no site www.defensoria.ac.def.br.
“A Defensoria Pública não parou um dia sequer desde o início da pandemia. Melhoramos nossas ferramentas e os canais de comunicação online para garantir que o usuário não ficasse sem atendimento, inclusive com atendimentos presenciais em casos excepcionais”, explica.