Afastado por 60 dias do cargo de secretário municipal de saúde, a pedido do Ministério Público do Acre (MPAC), Frank Lima poderá ser reconduzido à titularidade da função a partir do dia 3 de novembro, prazo em que expira a demanda ministerial.
O ac24horas apurou que apesar das acusações de assédio sexual que constam contra Frank Lima, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, está disposto a dar uma nova chance. Afastado desde setembro, a pasta vem sendo ocupada interinamente pela secretária Sheila Vieira.
Questionada pela reportagem, a assessoria do MPAC afirmou que a investigação está em andamento, faltando ouvir algumas testemunhas. “Somente após finalizar o promotor vai se manifestar sobre o caso”, afirmou. Já a assessoria de Comunicação da Prefeitura de Rio Branco (PMRB), não comentou acerca dos questionamento se Frank voltaria à pasta ou não.
Até o momento, o gestor não foi indiciado ou denunciado por nenhum caso de suposto assédio, o que corrobora com o retorno de Frank, já que o Ministério Público não sinalizou que fará um novo pedido de afastamento.
ENTENDA O CASO
Na recomendação que afastou Frank, o MP afirmou que foram verificados fortes indícios de que o secretário e mais dois servidores públicos municipais estariam atuando para prejudicar os trabalhos da comissão processante, responsável pelo procedimento administrativo disciplinar que apura a possível existência de atos de improbidade administrativa contra o gestor, consistentes no assédio moral/sexual praticado contra servidoras da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco.
Na época, Bocalom afastou Frank Lima, Tatiana Mendes e o então controlador-geral do município, Jorge Eduardo, que posteriormente pediu exoneração do cargo por motivos familiares.