Tenho profundo respeito por todas as religiões. Mas acho uma mistura perigosa a religiosidade com a política. Usar a fé para encaminhar votos em determinadas direções é uma falta de respeito. Vejo políticos que em tempos de eleições frequentando igrejas católicas, evangélicas, centros espíritas, macumbas e o “escambau” atrás dos votos. Nesse sentido quero lembrar que nos anos que vivi em Cruzeiro do Sul vi o deputado federal Henrique Afonso (PV) se eleger três vezes à Câmara Federal e concorrer duas vezes à prefeitura do município. Evangélico convicto, Henrique nunca participou, depois da sua conversão, do Novenário e da Procissão de Nossa Senhora da Glória, que reúne milhares de pessoas em Cruzeiro do Sul. Nunca foi hipócrita ao ponto de seguir os fiéis católicos pelas ladeiras da cidade para aparecer. Sempre se manteve íntegro na sua fé, respeitando as outras religiões, mas sem usar um evento religioso para se promover.
Hipocrisia
Por isso, não achei legal, numa ano eleitoral, alguns políticos que não são evangélicos participarem da Marcha de Cristo, na Capital, no último final de semana. Menos ainda discursarem para os fiéis numa clara intenção de conseguir votos. E não confundam ecumenismo com oportunismo.
A verdade dói
Assistimos a um momento triste da nossa política. Alguns pastores que têm mais compromisso com as coisas aqui da terra do que com o espiritual fazendo “acordos” para direcionar os seus rebanhos numa ou outra direção política.
O “milagre” das águas
Durante o evento evangélico chegaram a atribuir à uma apóstola o baixar das águas do Rio Madeira. Mas as águas não baixaram, por acaso, por força da natureza? Será que não foi o fato de parar de chover e o sol esquentar que liberou a estrada que liga Rondônia ao Acre? Será que as orações de milhares de acreanos, perante Deus, valem menos do que a de uma única apóstola?
O perigo do messianismo
Vivemos tempos em que são muitos os que querem convencer a população de que têm dons especiais. Que têm o poder privilegiado de dialogar com Deus. Enquanto isso nós pobres mortais continuamos aqui a rogar por dias melhores.
E a Gospellândia?
Parece que a ideia de fazer uma espécie de Disneylândia Gospel, no Acre, foi definitivamente abortada. Não sei se por falta de fé ou de recursos financeiros para o projeto.
Deve encarar
O deputado estadual Major Rocha (PSDB) deverá ser mesmo candidato a deputado federal. Os tucanos não têm outros nomes que sejam conhecidos suficientemente para encarar a missão com chances reais de vitória.
A verdade dos apitos
O presidente da ACISA, Jurilande Aragão, me telefonou no domingo de manhã para dizer que nem sob tortura assumiria a ideia dos apitos contra a violência. Mais uma vez confirmou que a iniciativa partiu mesmo do secretário de segurança pública.
Apitaço
Podem se preparar para a próxima sessão da Aleac, na terça, 13. Os oposicionistas vão levar apitos para se manifestarem contra os problemas da segurança pública do Acre. O barulho vai ser infernal.
Candidatura sob risco
Uma fonte me informou que caso o vice-governador César Messias (PSB) se candidate mesmo a deputado federal vai haver questionamentos ao TRE. Grupos adversários irão mostrar documentação para tentarem provar que Messias teve condenação na Justiça e, portanto, não teria a ficha limpa.
Estrago à vista
Claro que quem vai decidir se César Messias (PSB) pode ou não concorrer é a Justiça Eleitoral. Mas se o barulho for grande poderá prejudicar a sua campanha. Quem não se lembra de Dêda Amorim (PROS) que ganhou a eleição para prefeito em Rodrigues Alves, em 2012, mas não levou…
Alternativa
Se isso acontecer o PSB no Acre ficará sem candidato a deputado federal. Acho difícil o presidente da Câmara de Rio Branco, Professor Roger (PSB), aceitar a missão. Ele seria o nome mais conhecido da legenda para candidatar-se à Câmara Federal.
Mais gente em risco
Não é só César Messias (PSB) que poderá ter a sua candidatura questionada. Outros pré-candidatos que atualmente sonham em conseguir um lugar ao sol nas eleições serão denunciados por opositores se tentarem registrar suas candidaturas.
Rindo a toa
Apesar do Governo não fazer parcerias com a prefeitura de Cruzeiro do Sul, o prefeito Vagner Sales (PMDB) tem mandado preparar as ruas para serem pavimentados pelo programa Ruas do Povo. Cerca de 40% do serviço tem sido feito pela prefeitura para que o Depasa possa concluir as pavimentações.
O vice campeão das redes sociais
Recentemente o senador Jorge Viana (PT) durante uma palestra afirmou que é o segundo político do Acre com mais seguidores nas redes sociais. O senador garantiu que não paga para promover a sua página e, por isso, é o segundo.
A resposta vêm da rede
Um internauta questionou Jorge Viana (PT) indagando se a sua equipe de assessores do Senado não trabalha para atualizar a sua Fan Page. Cabe ao senador responder se é ele sozinho que faz as postagens ou se a sua equipe participa. Porque se a equipe participar estariam trabalhando pagos com dinheiro público. Assim fica elas por elas…
Educação: uma pedra no caminho do atual governo da FPA
A educação sempre foi uma das principais bandeiras das gestões da FPA. A recente auditoria do TCE em parceria com outros órgãos nacionais detectou uma série de problemas que mostram que pelo menos no atual Governo as coisas degringolaram. O diagnóstico da auditoria decreta que existem problemas relacionados à merenda escolar, como alimentos com qualidade inadequada, infraestrutura de armazenamento e logísticas impróprias. As informações do TCE, que deverá notificar o governador Tião Viana (PT), mostram que nem tudo é azul na América do Sul. O fato é que nas mais recentes eleições a FPA sempre teve o apoio irrestrito dos professores e profissionais da educação, maior categoria organizada do Acre. No entanto, a própria categoria não é mais coesa como antigamente. As eleições para o SINTEAC, no ano passado, já mostraram que existem divisões acentuadas dentro da categoria. Ao contrário de outros tempos não acredito que os profissionais da educação serão os principais militantes e formadores de opinião a puxar o cordão eleitoral da FPA. Existem mais coisas entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia pode imaginar.