A Diocese de Rio Branco decidiu voltar a suspender os atendimentos realizados no Hospital Santa Juliana, em Rio Branco, por meio de um convênio com o governo acreano, por causa de uma dívida que já se aproxima dos R$ 6 milhões. Em ofício enviado ao governo, a diretoria de administração de Obras Sociais da Diocese informou que a suspensão se dará a partir deste próximo dia 6 de setembro.
O total geral da dívida em aberto desde agosto de 2020 até o momento é de R$ 5.663.939, 67. A interrupção do convênio celebrado entre a Diocese e a secretaria de estado de saúde do Acre (Sesacre) abrange os atendimento de alta complexidade hospitalar e ambulatorial e atendimento de pacientes com Covid-19. A suspensão do convênio estará firmada até que os valores referentes às parcelas em atraso sejam quitados.
“Não há mais capacidade. Não temos condições financeiras e operacionais de dar continuidade aos referentes serviços devido aos frequentes atrasos que culminaram em dívidas com médicos, anestesistas, fornecedores e prestadores de serviços”, sustenta a igreja em ofício.
Os valores são de serviços de assistência de alta complexidade e procedimentos de custo elevado, como diária de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cirurgias cardíacas, ortopédicas e exames. Embora a Diocese tenha optado por suspender os atendimentos, a direção afirma que nenhum dos serviços pactuados no convênio foi paralisado até agora. “No entanto, a inadimplência do Estado prejudica regular a prestação do serviço, causando o desequilíbrio econômico e financeiro do convênio”, informa o documento.
De acordo com o ofício, até agora a maior parte dos serviços não foi paga, fazendo com que a Diocese passe a dever altos valores ao fornecedor de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) e marca-passos utilizados na realização de cirurgias cardíacas. “Solicitamos que sejam quitadas com urgência os valores”, diz o comunicado enviado à Sesacre.