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Agosto Lilás: mês de combate à violência contra a mulher é encerrado com carreata

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Após um mês intenso de ações de conscientização contra a violência doméstica, a prefeitura de Mâncio Lima encerrou a campanha “Agosto Lilás”, de conscientização à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, nesta terça-feira (31) de agosto, com uma carreata, saindo do bairro Pé da Terra, percorrendo a Avenida Japiim e encerrando no Mercado Hermecílio Barreto de Lima, no bairro São Francisco.


“O mês de agosto foi muito importante para o desenvolvimento das ações de conscientização e combate à violência contra a mulher. Sabemos que em nossa cidade ainda existem muitos casos de violência doméstica e, na maioria das vezes, não é só a violência física, mas a moral e psicológica, estas, as que mais temos detectados e procurado combater. As polícias Civil e Militar foram parceiros importantes nestas ações, tais como, as demais secretarias municipais”, disse Rocilda Mendonça, Secretária Municipal de Assistência Social.


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O evento foi feito para debater, conscientizar e discutir políticas públicas para combater à violência doméstica. Autoridades municipais, estaduais e da segurança pública estiveram presentes. O “Agosto Lilás” é a maior campanha de combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres em Mâncio Lima, em alusão a Lei Maria da Penha, cujo objetivo é a punição adequada em casos de violência contra a mulher e que este ano completa 14 anos de criação. 


“É importante que se diga que nós temos que, não só neste dia, 31 de agosto, mas em todos os dias do ano, combater todo tipo de violência contra as mulheres, contra nossas irmãs mais vulneráveis e que sofrem caladas a violência em seus lares. Temos que dar continuidade a campanhas importantes como esta, orientando, sendo um multiplicado de informações e, acima de tudo, denunciando toda e qualquer forma de violência contra nossas mulheres. Estou feliz e muito animado com o passo que demos neste mês do “agosto lilás, contando com a participação de todas as secretarias, da Policia Militar, Policia Civil e a Câmara de vereadores”, falou Isaac Lima, prefeito de Mâncio Lima.



A cada quatro horas, uma mulher acreana foi vítima de violência em 2020. Foram 1.964 denúncias de um crime que não deu tréguas mesmo na pandemia da Covid-19. De março a dezembro, o Acre registrou nove feminicídios. Todas mulheres eram da cor parda e tinham entre 17 e 50 anos. Durante a pandemia do novo coronavírus, o fenômeno silencioso da violência contra a mulher e o crime de feminicídio, o estado do Acre mantém-se como um dos mais violentos do Brasil.


Este ano, em todo o estado, foram registrados três feminicídios – crime de ódio motivado pela condição de gênero – segundo informou a delegada. Em todo o ano passado, foram 11 feminicídios. Os números utilizados no estudo são casos registrados em 2018 e 2019. Segundo o balanço, a taxa de homicídios dolosos de mulheres do Acre é a maior do país, com sete mortes a cada 100 mil mulheres.



“Nós estamos vivendo, ainda, a pandemia da Covid-19 e, dentro dessa, a pandemia da violência contra as mulheres. Não tem sido fácil o que mulheres, casais e famílias vêm atravessando diante desta situação. O isolamento social que nos foi imposto aumentou de maneira vertiginosa o cenário de violência doméstica. Estamos vencendo o novo coronavírus e precisamos vencer a violência contra as nossas mulheres. Violência doméstica não é praticada somente pelo esposo, é praticada pelo filho, pelo neto, irmão com irmã, é praticada entre quatro paredes. É importante que se mostre que a violência doméstica começa dentro de casa e, é de natureza física, sexual, patrimonial e psicológica”, destacou Ângela Valente, vice-prefeita de Mâncio Lima.  


Há 14 anos era sancionada no Brasil a Lei Maria da Penha, mais precisamente, em 07 de agosto de 2006, considerada pela Organização das Nações Unidas uma das três leis mais avançadas do mundo e que tipifica os crimes cometidos contra as mulheres.


“A Secretaria de Assistência Social é a porta de entrada para os menos favorecidos e da mulher que se sente ameaçada pela violência doméstica. Em conversa recente com o Delegado de Polícia Civil, Dr. José Obetânio, ouvi relatos de que este cenário tem crescido muito em nossa cidade, são casos de violência verbal, psicológica e principalmente física. Vejo o esforço e o trabalho que tanto os órgãos municipais com as forças de segurança têm realizado. O “agosto lilás” é uma conquista que não pode ser esquecida e que precisa ser lembrado todos os dias, toda forma de violência contra mulher tem que ser denunciado, investigado e punido”, finalizou Renan Costa, presidente da Câmara de Vereadores.



O “agosto lilás” é uma celebração a esta importante data e, um movimento de conscientização para toda a sociedade sobres os tristes dados estatísticos que ainda são realidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, onde uma mulher é assassinada a cada duas horas. 


Também estiveram presentes na carreata Secretários Municipais, vereador Zeca do Pentecostes, dentre outras autoridades municipais, estaduais, Conselheiros Tutelares e segurança pública.

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