O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou nesta sexta-feira, 30, uma visita de cinco dias ao Acre. É a primeira vez que o estado recebe a visita do gestor do principal fomentador de recursos públicos para programas e projetos que buscam o crescimento econômico do país.
Em uma entrevista exclusiva ao ac24horas, Montezano falou sobre a visita ao Acre e os novos rumos do BNDES na atual gestão. Um dos pontos da conversa foi o que o governo Bolsonaro chama de abrir a “caixa-preta” do banco. Gustavo criticou a política de financiamento do BNDES nas gestões Dilma e Lula.
“A política pública e econômica que a gente usou no passado através do BNDES foi desastrosa. A gente dava subsídios para grandes empresários muito maior que o gasto com o Bolsa Família. A gente dava financiamento para empresas fazerem obras no exterior que sabíamos que não tinha como ser pago. A gente perdeu muito dinheiro”, afirma Gustavo.
Montezano também respondeu a uma das principais críticas feitas ao governo Bolsonaro que é em relação à política ambiental. O atual governo é acusado de não combater o aumento do desmatamento e ir contra o conceito de sustentabilidade. “Quando falamos de investimento sustentável ele não existe se não for ambientalmente e socialmente sustentáveis também. Só que durante muitos anos se pautou a sustentabilidade como se fosse uma plantinha, esquecendo do ser humano e da economia. A sustentabilidade é exatamente o equilíbrio desse tripé que é economia, indivíduo e meio ambiente”, diz Montezano.
O presidente do BNDES evitou falar de números práticos em relação a investimentos. “Eu prefiro não falar em nada de concreto. Nós já estamos trabalhando em alguns produtos adaptados à essa região, como por exemplo, a oportunidade de melhoria na regularização fundiária e ambiental, já temos uma carteira de infraestrutura bem relevante. O que queremos agora é expandir isso para o setor produtivo e conseguir aos poucos e gradativamente trazer essa relação boa que já temos com o setor público acreano para o setor privado também”, destaca Gustavo Montezano.