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Djalma e Camolez travam “guerra fria” para comandar TRE do Acre nas eleições de 2022

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Os desembargadores Francisco Djalma e Luis Camolez, ambos do Tribunal de Justiça do Acre, travam uma “guerra fria” visando saber qual deles será o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre pelo biênio 2021-2023, e, consequentemente, comandar as eleições de 2022 no Estado.


Com o mandato da desembargadora-presidente da Corte Eleitoral, Denise Bonfim, encerrando no próximo dia 5 de agosto, uma eleição para escolha do novo mandatário da corte será feita logo em seguida, e tudo indica que uma tradição antiga de que o magistrado que deixa a presidência do TJ do Acre assumiria a presidência do TRE não irá se cumprir por meio de um consenso, mas sim por disputa voto a voto. Isso porque Djalma, que recentemente presidiu o TJ, e foi indicado para compor o TRE acreano, terá como rival o vice-presidente da Corte, Camolez, que tem mandato vigente.


Sete votos devem definir quem será o novo presidente do TRE, sendo que cada desembargador conta com o seu próprio voto. Os magistrados estariam encampando uma campanha silenciosa nos corredores da Justiça Eleitoral tentando convencer os demais membros da corte, como o juiz federal José Geraldo, os juízes de direito, Marcos Thadeu e Maha Manasfi, e também os advogados Hilário Melo e Armando Dantas.

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Ocorre que a disputa entre os desembargadores causa constrangimento entre os membros da própria corte que temem que a falta de consenso leve a disputa voto a voto e possa criar desavenças ou retaliações por parte dos que disputam o poder caso não sejam votados. Outro ponto que também causa rumor de desgaste é a situação dos servidores da Corte Acreana que detêm cargos de chefia e diretoria. Algumas trocas em setores chaves já teriam sido “anunciadas” pelos concorrentes, o que causou apreensão.


Tensão semelhante ocorreu em 2017, quando a desembargadora Regina Ferrari, assumiu o comando do TRE, e quebrou a tradição do judiciário. Na época, a desembargadora Maria Cezarinete ficou magoada com a colega e nunca mais a relação das duas foi a mesma. Um ano depois do caso, Cezarinete faleceu em decorrência de problemas cardíacos, no Estado de São Paulo.


O ac24horas tentou contato com os dois desembargadores, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.


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