Idosos com mais de trinta dias internados na espera de uma cirurgia ortopédica. Esta é a realidade de quem está internado no Pronto-Socorro da capital acreana. Além do fato de não serem informados de quando irão passar pelo procedimento cirúrgico, a situação se agrava ainda mais com a demora.
É o caso da aposentada Antônia Rodrigues Pinheiro, 70 anos, que está há mais de 15 dias aguardando uma cirurgia sem nenhuma previsão. “É um absurdo, são muitos idosos esperando por uma cirurgia. Essas pessoas estão correndo o risco de pegar alguma doença e os pacientes e familiares estão pedindo socorro para que alguém faça alguma coisa”, afirma Cleber Pinheiro, filho de dona Antônia.
Em um vídeo enviado à nossa reportagem por uma irmã de Cleber mostra a aposentada em um leito da unidade hospitalar onde aguarda a cirurgia.
O ac24horas conversou com o diretor geral do Pronto-Socorro, Areski Peniche, que confirmou a demora na realização das cirurgias ortopédicas. O gestor, no entanto, informou que a situação deve começar a se normalizar a partir da próxima segunda-feira, dia 12, que é a data que uma empresa terceirizada vai assumir a realização desse tipo de procedimento cirúrgico. “Já no próximo sábado, eles vão vir para fazer o mapa das cirurgias para contemplar dos pacientes mais antigos para os mais recentes. Nossa expectativa é que até o final de julho consigamos zerar toda a fila de cirurgias ortopédicas relacionadas ao trauma”, afirma.
Nesta semana, o deputado Fagner Calegário (Podemos), anunciou durante sessão virtual da Assembleia Legislativa que vai entrar com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça para suspender a efetivação do contrato. De acordo com o parlamentar, são mais de R$ 9,8 milhões que envolvem o contrato, cujo a falta de informações sobre o processo por parte da Secretaria de Saúde gera suspeitas. Ele cita valores anteriores de R$ 50 mil por mês para bancar os custos e afirma que existem dívidas da empresa anterior de R$ 500 mil.
“Tem um deputado questionando os valores, mas se pegar a planilha comparativa a economia é de mais de 150 mil reais do que vínhamos pagando anteriormente”, diz Peniche.