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Haitianos ilegais no Acre recebem doação de alimentos

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Fonte: [email protected]


O governo do Acre recebeu nesta terça-feira (3) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) oito toneladas de alimentos, parte das 14 toneladas doadas pelo governo federal para ajudar a alimentar os haitianos que entram ilegalmente no estado e permanecem na cidade de Brasileia, a 220 quilômetros de Rio Branco, à espera de visto humanitário para permanecer no país por dois anos, com direito a trabalhar. A quantidade, porém, é suficiente para apenas oito dias.


“Temos mais haitianos no Brasil do que soldados do Exército brasileiro na Força de Paz da Organização das Nações Unidas no Haiti. São 1.200 soldados lá e, só em Brasileia, temos 1.250 haitianos. Os haitianos consomem por dia 1 tonelada de alimentos”, disse Leonildo Rosas, secretário de Comunicação do Acre.

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Segundo Rosas, o governador Tião Viana (PT) conversou na manhã de hoje com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Rômulo Paz, informando que o restante do alimento doado estava sendo retirado em Porto Velho. De acordo com Rosas, o governo do Acre confia que o governo federal passará a ajudar o estado, uma vez que apenas nos últimos três dias de 2011 passaram pela fronteira 500 haitianos.


Até o último dia 26, os imigrantes estavam entrando pela mata, na fronteira com a Bolívia. Com as notícias de roubos e tentativas de estupro do lado boliviano, quando os haitianos eram obrigados a seguir guiados por “coiotes”, a Polícia Federal passou a permitir a entrada deles pela fronteira oficial, pela rodovia Interoceânica, que liga Rio Branco a Lima, capital do Peru.


O posto da Polícia Federal em Brasileia demora, em média, 45 dias para conceder o visto humanitário aos haitianos. Neste período, eles não podem sair de Brasileia. Hoje, foram liberados 25 vistos e os beneficiários foram levados para Rio Branco, onde tiram CPF e carteira profissional.


“Em Rio Branco, eles não procuram mais nossa ajuda. Já podem trabalhar e acaba a nossa responsabilidade. Não negaremos ajuda, mas eles não nos procuram. Em geral, seguem para outros estados. Mais de 2.600 haitianos passaram pelo Acre desde janeiro de 2011 e apenas 150 deles seguem morando e trabalhando em Rio Branco”, afirma Rosas.


Segundo Rosas, dos cerca de 1.250 haitianos que continuam em Brasileia, 320 já conseguiram o visto, mas precisam de ajuda do governo do estado para serem levados a Rio Branco para tirar os documentos. Em geral, são cedidos veículos do governo do estado para o transporte.


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