A AFIRMAÇÃO do prefeito Tião Bocalom no programa “Boa Conversa” do ac24horas, de que o seu candidato ao governo do estado em 2022 será o senador Sérgio Petecão (PSD), não causou nenhuma surpresa a quem acompanha a trajetória política do Bocalom, de ser uma figura de posições firmes e ter a lealdade como norte da sua conduta.
A repercussão ficou por conta dele ser o vice-presidente do PP, partido do governador Gladson Cameli, que é candidato à reeleição. As razões apresentadas pelo prefeito Bocalom para não estar no palanque do governador no próximo ano, são justas, afinal, o Gladson apoiou na campanha para a PMRB a sua adversária Socorro Neri (PSB), mesmo ele sendo o candidato do PP à prefeitura.
Foi o Petecão quem esteve no comando da sua campanha vitoriosa nos bairros, então, não apostem que o prefeito Tião Bocalom poderá apoiar o Gladson por pressão do PP. E, por um motivo simples e forte: o Tião Bocalom não é um político movido à pressão. Esta pedra não será mexida no tabuleiro da sucessão estadual.
O próprio governador Gladson Cameli já declarou que não tem como cobrar lealdade do prefeito Tião Bocalom à sua candidatura em 2022. Ponto final.
CEM REUNIÕES
A DIREÇÃO do PP pode fazer cem reuniões com o Bocalom, mas não lhe devolve o apoio ao Petecão (PSD).
O JOGO É POLÍTICO
O GOVERNADOR Gladson determinou ontem as demissões de dois aliados do senador Sérgio Petecão (PSD), o Pastor Bezerrinha da Cohab-Acre; e o Souzinha, diretor da CAGEACRE. Nada mais natural, depois que ambos romperam politicamente, e serão adversários na disputa do governo em 2022. O jogo é político. Simples!
DEMISSÃO POR PORTARIA
AS DUAS demissões não estarão no Diário Oficial, porque sairão em simples portarias baixadas pelas direções das duas empresas. A guilhotinada de ambos era esperada.
QUESTÃO DE TEMPO
O senador Petecão (PSD) tem sido coerente ao não protestar, sabia que no momento que rompeu com o Gladson, as demissões cedo ou tarde aconteceriam.
ÚLTIMO DOS MOICANOS
O DIRETOR da Cohab-Acre, Pedrinho Oliveira, sobrinho do senador Sérgio Petecão (PSD), fica sendo o último dos moicanos do grupo do senador no governo do Gladson.
CANDIDATURA PARA VALER
EM qualquer cenário a deputada federal Vanda Milani (PROS) será candidata a senadora, embora, por ser leal ao projeto do governador Gladson, ele espere estar como a candidata da sua chapa da reeleição. Vanda foi bem votada, e está trabalhando nas composições políticas.
PESQUISA VAI BALIZAR
O PT só deve falar oficialmente sobre como se posicionarão os seus políticos na eleição majoritária do próximo ano, após a rodada de pesquisas prevista para o final do ano. Até lá vai ficar empurrando com a barriga.
BOA NOTÍCIA
ENFIM, uma boa notícia neste mundo de tantas mortes pela Covid-19: é de 78% a queda no número de óbitos no estado. Os méritos vão para os profissionais da saúde. E, para a política não negacionista da ciência do governador.
SEM NENHUM SENTIDO
AO NÃO SER O OLHO arregalado no lucro, sem sentido prático a investida do presidente da Associação Comercial, Marcelo Moura, querendo acabar com os feriados estaduais, como se isso favorece o povão.
CONFRONTO ABERTO
O PREFEITO Bocalom está firme no confronto aberto com os vereadores, ao reafirmar que não quer base de apoio e nem líder na Câmara Municipal de Rio Branco. Diz querer “quebrar paradigmas,” com o fim do favor político. Vixe!
SACO DE PANCADAS
DEVIDO á sua decisão inovadora, o prefeito Tião Bocalom tem virado um saco de pancada na Câmara Municipal.
PARA NÃO REPETIR 2018
O PT tem que ampliar a chapa de deputado federal, para não repetir a decepção de 2018, quando não elegeu ninguém. Só com Léo de Brito, Raimundo Angelim e Sibá Machado, será difícil alcançar a legenda para eleger.
BEM MAIS DIFÍCIL
Fora do poder é sempre bem mais difícil para um partido como o PT, que passou 20 anos mandando no estado, conseguir formar chapa de federal sem distribuir mimos.
VIROU UM MANTRA NEGATIVO
SÃO pertinentes as críticas do deputado Fagner Calegário, contra os rotineiros atrasos do pagamento das empresas que têm terceirizados no estado. Virou mantra negativo. E, os principais prejudicados são os trabalhadores.
DESMONTAR A IMAGEM
HÁ um claro movimento na nova gestão da prefeitura de Rio Branco de desmontar a imagem de séria gestora da ex-prefeita Socorro Neri. Não creio que consigam.
O REINO DO PADRE MÁSSIMO
O Lázaro Barbosa, era um estuprador, autor de chacina, latrocida, mas na visão do padre Mássimo Lombardi foi um injustiçado social, vítima da polícia do estado, e por isso merece o céu. Sem comentário. Sem comentário.
DEVE PENSAR DUAS VEZES
O DEPUTADO Jenilson Leite (PSB) não deve tomar decisão oficial sobre uma candidatura ao governo até saber mais na frente, como estará nas pesquisas. Se aparecer mal, dificilmente, entrará na empreitada para fazer número.
PODE POSTAR NO PRAGMATISMO
PODE também apostar no pragmatismo de ser candidato ao governo, para sedimentar o seu nome na capital, e ser candidato a prefeito de Rio Branco, na próxima eleição.
TURMA DO JURUÁ
A CHAMADA “Turma do Juruá” – deputados Nicolau Junior (PP), Antônia Sales (MDB) e Luiz Gonzaga (PSDB), só por um ponto fora da curva, não voltam para a ALEAC.
CANSOU DA POLÍTICA
OUTRO deputado do Juruá, Jonas Lima (PT), se voltar atrás na decisão de não ser candidato à reeleição, ele também, será muito forte. Tem um nicho muito fiel.
NÃO VAI CONVENCER
A SENADORA Mailza Gomes (PP) já tem o apoio do prefeito Bocalom na busca de um novo mandato, mas esqueça convencer seu aliado a somar na reeleição do Gladson Cameli. Se tentar vai perder tempo e saliva.
BEM MAIS INCISIVA
EM TERMOS de atuação parlamentar, de cobranças das ações da prefeitura, a atual composição da Câmara Municipal de Rio Branco é mais atuante que a anterior.
FRASE MARCANTE
“Assim como o hábito não faz o monge, o cetro não faz o rei”. (Ditado português)