Aberta nesta terça-feira (20) no Parque Capitão Ciríaco, a exposição “Seringueira” segue até o dia 11 de maio mostrando, segundo a autora Roberta Marisa, “as digitais e a voz da força do trabalho feminino, dores, perigos e seu canto silencioso nos seringais amazônicos”. “Seringueira” é parte de uma pesquisa que busca compreender a história de fato como foi vivida, considerando a participação da mulher nesse cenário tido como majoritariamente masculino.
“Em cores marcadas pelo respeito a minha história, entrego as páginas arrancadas de uma memória de luta que catei pelas estradas de seringa do cotidiano e varadouros da minha infância”, disse Roberta.
A instalação artística busca enaltecer e fazer com que o canto silencioso das seringueiras ecoe além das florestas, sendo delineada por uma narrativa que coloca a mulher à margem dos fatos e oculta o seu protagonismo nos árduos ofícios dos seringais, na produção da borracha, quebra de castanha, plantio e cultivo para o sustento (agricultura de subsistência), além das diversas responsabilidades domésticas da família.