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Sindicatos e deputados vão contra terceirização da ortopedia no Pronto-Socorro

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A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Acre realizou nesta terça-feira (20) audiência pública para debater a terceirização do serviço de ortopedia e traumatologia no Pronto Socorro de Rio Branco.


O presidente do Sindicato dos Médicos, Guilherme Pulici, disse que o Acre tem profissionais altamente qualificados em ortopedia, o que leva o Estado a ser referência na área. “O problema não é a mão-de-obra, mas de falta de materiais, insumos necessários para resolução dos quadros de ortopedia no PS”, disse Guilherme, relatando os materiais que faltam para um melhor ato cirúrgico, por exemplo. “A terceirização precariza e pode atrapalhar e muito a relação dos profissionais com a gestão”, afirmou, comparando o que aconteceu no Into em termos de acesso dos familiares à informação do paciente.


De acordo com o representante dos médicos, o serviço de ortopedia é um dos poucos, no PS, em que as pessoas conveniadas o procuram devido à qualidade do serviço. “Essa terceirização pode ser nociva ao distanciar usuário da gestão”, completou.

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O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Jean Lunier, reafirmou seu posicionamento contrário à terceirização também. “O PS tem mostrado capacidade de resolver”, disse. “Terceirização só traz atropelo”, completou.


O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que todos que argumentaram em favor da terceirização justificam a incapacidade do Estado em gerir. “No entanto, estamos aqui diante de um serviço que está funcionando. Portanto, a discussão central são os negócios da saúde: alguém vai ganhar muito e a sociedade vai pagar mais caro por um serviço que está dando certo”, disse o parlamentar.


De seu lado, o deputado Roberto Duarte (MDB) se mostrou também totalmente contrário à terceirização. Ele pede redução de custo e melhoria no serviço para mudar de ideia.


Já o secretário de Saúde do Acre, Alysson Bestene, lembrou do período em que havia fila no serviço de ortopedia. Ele relatou o grande número de itens usados na ortopedia, e desde aquele tempo o PS vem buscando melhoria. “A gente ampliou os serviços fazendo mutirões de cirurgias, o que reduziu a demanda reprimida”, disse. O gestor deixou a entender que a iniciativa da tercerização partiu do grupo de médicos que atuam naquela ala.


Segundo Alysson, a Secretaria de Saúde realizou estudo de viabilidade para validar a terceirização. Já a diretora de Assistência Hospitalar da Sesacre, Paula Mariano, fez outras observações. “Desde sempre nossa preocupação em resolver o problema. A gente fala do PS, mas não podemos esquecer da Fundação Hospitalar, onde tem 1,2 mil cirurgias represadas”, disse.


Outros gestores lembram que o PS saiu da mídia por situações negativas, mas ainda há gargalos. O pregão para contratação da empresa que irá gerenciar a ortopedia do PS está suspenso por determinação judicial. Foi revelado ainda que o custo mensal do setor para a Sesacre atualmente é de cerca de R$ 800 mil.


Autor do pedido da audiência, o deputado Jenilson Leite (PSB) disse que terceirizar é precarizar.


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