O governador Gladson Cameli se encontra em Brasília nesta segunda-feira (5), para uma agenda com representantes do governo federal, sobre a possibilidade de adquirir crédito de carbono – certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa.
A assessoria do governo informou que não tem mais informações sobre a reunião, porém, a pauta ambiental referente a valores pagos por entidades e países estrangeiros ganharam repercussão devido ao aumento das queimadas na Floresta Amazônica.
O número de focos de queimadas registrado entre 1º de janeiro a 18 de setembro deste ano no Acre cresceram 11%, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Conforme dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 6.315 focos ativos de incêndios notificados até setembro de 2020 no estado, contra 5.652 no mesmo período de 2019. Com isso, o governo do Acre poderá reverter os números em créditos aos cofres do Estado.
Recentemente, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o Brasil teria a receber por este mecanismo receita de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões), equivalente à redução estimada de 250 milhões de toneladas de gás carbônico.
Como funciona o crédito de carbono
O mercado de crédito de carbono funciona a partir de acordos entre empresas e governos de países em desenvolvimento. Em vez de tomar medidas para efetivamente diminuir as emissões de carbono, empresas podem compensar o que têm emitido comprando créditos — fazendo um pagamento — dos países que reduziram emissões.