Parte da sessão virtual da Assembleia Legislativa desta terça-feira, 16, foi dedicada a repercussão da Operação Pratos Limpos, executada na semana passada pela polícia civil do Acre que culminou na prisão de empresários acusados de superfaturar compra de sacolões.
O deputado Roberto Duarte (MDB) relembrou os episódios envolvendo denúncias na Secretaria de Estado de Educação e que já há um ano o Acre recebe dinheiro para compra da alimentação escolar. “O governo está recebendo o dinheiro e por que não repassa sacolões aos alunos? Os órgãos de fiscalização precisam dar uma resposta à população”, disse.
Duarte se diz preocupado e lembrou que pediu esclarecimentos á Secretaria de Educação no ano passado e ainda não obteve resposta. “Qual respeito o governo e a Secretaria de Educação tem para com a Aleac?”, questionou.
Já o petista Daniel Zen (PT) questionou também os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “O que está sendo feito com eles?”, perguntou. “Com três casos, a Secretaria de Educação já pode pedir música no Fantástico”, ironizou ao lembrar o número de denúncias contra a SEE.
O líder do governo, Pedro Longo, observou que foi Gladson Cameli quem criou polícia especializada em combate à corrupção. Ele pediu que a presunção de inocência seja preservada, pois custa caro à democracia. “Há que se ter muita cautela. É importante que nada fique sem averiguação, mas acho que todos são inocentes até que se prove o contrário”, disse.
Segundo Longo, os recursos do PNAE representam 10% do gasto com alimentação escolar. “90% das despesas são recursos próprios”, justificou o líder do governo.