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Justiça Federal afasta diretor do Hospital de Cruzeiro do Sul e bloqueia bens de vários médicos

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Por determinação da Justiça Federal, a Polícia Federal de Cruzeiro do Sul cumpriu nesta quarta-feira, 2, 14 mandados de sequestro de bens, um mandado de busca e apreensão e um mandado que impôs três medidas cautelares diversas da prisão em desfavor de um investigado. Foram bloqueados R$ 3,2 milhões das contas de médicos que atuam no Hospital do Juruá, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.


O diretor técnico do Hospital Regional do Juruá, médico Marcos Lima, foi afastado do cargo. Ontem, o ac24horas publicou o da salário de novembro de 9 médicos do Hospital do Juruá não haviam sido efetuados, bem como o bloqueio das contas bancárias do grupo.


O caso

De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, as investigações apontaram que nos municípios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, dentre outras cidades do estado do Acre, Amazonas, Rondônia, Minas Gerais e Bahia, inúmeros agentes públicos da área da saúde estariam supostamente acumulando, de forma indevida, trabalhos com aparente incompatibilidade de horários, recebendo valores públicos sem realizar a devida contraprestação, gerando, com isso, prejuízos para os diversos entes da federação, em específico para a União, ante os indícios de fraude no programa federal Mais Médicos do Brasil e no Sistema Único de Saúde.

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Também foi descoberto que o controle estatal de frequência e permanência dos médicos nos diversos estabelecimentos da rede pública de saúde é inócuo, não havendo, sequer, um sistema eletrônico de entrada e saída. Essa leniência da Administração Pública proporcionou e continua proporcionando um ambiente engenhoso e profícuo à prática de crimes.


Diante desse “estado inconstitucional” que se encontra o atual sistema público de saúde da região, a Polícia Federal representou, perante o Juízo Federal competente, pelo sequestro de veículos, casas e demais bens adquiridos com dinheiro público obtido através de condutas supostamente criminosas (possíveis estelionatos contra a Administração Pública), bem como pelo bloqueio de ativos financeiros, buscas, apreensões e por medidas cautelares diversas da prisão.


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