A Eletronorte anunciou nesta quinta-feira (12) a substituição do transformador TF10, do lado em 500 kV do Bloco 2 do Back-to-Back em Rondônia, em operação que demandou guindaste de arraste, central hidráulica, macacos hidráulicos, caminhão munck e carrinhos sobre trilhos (trolleys) para movimentar transformadores de 438 mil quilos entre 19 de outubro e 2 de novembro.
Com a indisponibilidade, ficaram comprometidos 50% do Back-to-Back, ou 400 MW. O Back-to-Back possibilita a transmissão de até 800 MW da energia gerada pelas usinas do Madeira (Santo Antônio e Jirau) para o Sistema Rondônia/Acre.
“O transformador sinistrado foi substituído pelo reserva, o que representou grande desafio, pois trata-se de um equipamento com 438 mil quilos. Durante a substituição, o Bloco 2 do Back-to-Back ficou indisponível, causando a aplicação de elevada parcela variável”, explica Elaine Vianna, gerente da Divisão de Ativos de Transmissão de HVDC de Porto Velho.
Segundo ela, “a principal função do Back-to-Back é isolar o grande montante de energia gerada no Complexo Madeira, e transmitida pelo Elo DC (Bipolo 1 e 2) do sistema regional Rondônia/Acre.
O sistema foi concebido para, em caso de contingência nas linhas HVDC entre Porto Velho e Araraquara, um bloco de geração enorme fluísse por apenas duas linhas AC entre as subestações Coletora e Porto Velho. O Back-to-Back transmite aproximadamente 10% da energia gerada no Madeira para suprir a demanda da região de Rondônia e Acre. Basicamente o Bac-to-Back é um Elo HVDC sem linha de transmissão”.
No Back-to-Back existe um transformador conversor reserva para o lado de 500 kV e outro para o de 230 kV. Antes de iniciar a movimentação dos transformadores foi assinado um contrato com a empresa Noroeste e houve a necessidade de se emitir uma apólice de seguros específica. Após a desconexão dos cabos das buchas e dos cabos do painel de comando e controle do transformador, foram preparados todos os dispositivos necessários para a movimentação, tais como guindaste de arraste, central hidráulica, macacos hidráulicos e caminhão munck. A movimentação do transformador é feita por meio de trolleys (carrinhos sobre trilhos).
Eduardo Martins Rocha, gerente do Departamento de Registros de Ativos de Transmissão do HVDC, conta a história: “No primeiro dia, movimentamos o transformador sinistrado TTF7-10 da sua base operacional para uma base provisória de dormentes em cima da rua. No segundo e terceiro dias, reposicionamos todos os dispositivos visando a movimentar o transformador reserva para a base de giro dos trolleys, pois temos que girar os trolleys a fim de fazer o movimento perpendicular ao primeiro movimento. Isso demorou um pouco porque tivemos problemas com dois macacos hidráulicos. No quarto dia, após o giro dos trolleys, movimentamos o transformador reserva da base de giro em direção à base operacional. Nesse momento, o transformador fica disponível para a equipe de SPCS iniciar as conexões dos cabos do painel de central e a eletromecânica iniciar a conexão dos cabos das buchas”.
“No quinto e último dia”, prossegue Eduardo, “houve a movimentação do transformador sinistrado, primeiramente, da base provisória em cima da rua para a base de giro dos trolleys, e depois movimentamos da base de giro no sentido da base do transformador reserva a fim de inspeção da seguradora. Nesse dia tivemos atraso com problemas em um dos rolleys. Agora, o transformador sinistrado encontra-se na base- reserva para iniciarmos a transferência de 138 mil litros de óleo aos tanques-reserva e preparar a inspeção interna do transformador para investigação da causa fundamental do sinistro”.
Agência Eletronorte