O governo do Acre decidiu não exonerar a diretora do Instituto do Meio Ambiente e Análises Climáticas do Acre (IMAC), Adelaide de Fátima Gonçalves de Oliveira. O entendimento vai contra uma recomendação do Ministério Público Federal, que em outubro deste ano, enviou recomendação para que ela fosse demitida sob alegação da empresária ser presidente do sindicato do setor madeireiro e proprietária de uma empresa madeireira, o que caracteriza conflito de interesses.
Além disso, de acordo acordo com procurador da República Humberto de Aguiar Junior, ela é ré em ação penal que tramita na Justiça Federal por crimes de falsidade ideológica, por dificultar a fiscalização do Poder Público em questões ambientais e por adquirir madeira sem licença válida.
Adelaide de Fátima foi nomeada no último dia 30 de setembro para exercer o cargo de diretora do IMAC, de acordo com a publicação no Diário Oficial do Estado do Acre, no dia 1 de outubro de 2020.
O governo teve dez dias úteis para responder se aceitava ou não a recomendação do MPF, tendo sido avisado que a recusa poderá ensejar medidas judiciais cabíveis ao caso, mas o entendimento da gestão do Estado é que pelo fato dela ainda não ser condenada, não poderia ser demitida. O governo respondeu ofício ao MPF enfatizando sugerindo que o procurador notificasse a empresária para que ela apresentasse explicações.