O candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul pelo PSL, Sargento Adônis, terá de publicar na sua página de campanha no Facebook uma resposta do concorrente Zequinha Lima, do PP, quanto à acusação feita pelo militar sobre uma possível ligação da campanha de Zequinha com um operação da Polícia Federal.
A decisão é do juiz Marlon Machado, da 4° Zona Eleitoral. O juiz já havia determinado que Adônis tirasse do ar um vídeo que insinua ligação da Operação Dirty Safe, da Polícia Federal, com a candidatura de Zequinha. Agora, a determinação do magistrado é que o candidato militar dê publicidade à resposta do opositor.
“Ante o exposto, mantenho a tutela antecipada urgência, no sentido da retirada do conteúdo do vídeo publicado, bem como julgo procedente a Representação formulada pelo candidato a Prefeito do Município de Cruzeiro do Sul José de Souza Lima e a Coligação União A Favor de Cruzeiro, nos seguintes termos: o Representado deve divulgar na sua página do Facebook, pelo prazo de dois dias, a resposta encaminhada pelo Representante; a divulgação deve ocorrer em até dois após a entrega da resposta pelo Representante em mídia física ao Representado, que pode se dar por intermédio do cartório eleitoral; o descumprimento dessa decisão implicará o pagamento de multa no valor de cinco mil ufirs, duplicada em caso de reiteração de conduta, sem prejuízo do disposto no art. 347 do Código Eleitoral”.
A Operação Dirty Safe foi desencadeada no dia 29 de outubro em Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Manaus. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Nicolau Junior, do PP, afastado do cargo por decisão judicial, é apoiador de Zequinha. O deputado Manoel Moraes e a deputada Antônia Sales, mãe do candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul, Fagner Sales, também são investigados na mesma operação da PF.