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Polícia indicia Fonseca, Delba e Edson Siqueira por peculato e organização criminosa no Depasa

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A polícia civil do Estado do Acre indiciou o ex-diretor-presidente do Depasa, Tião Fonseca, a sua esposa, a empresária Delba Bucar e o ex-diretor financeiro Edson Siqueira, mais conhecido como Edson Bittar, pelos crimes de Associação Criminosa, Falsidade Ideológico e peculato. O trio foi alvo no dia 3 de agosto da Operação “Toque de Caixa”, desencadeada pela Delegacia de Combate à Corrupção e aos Crimes contra a Ordem Tributária e Financeira (Decor), que constatou uma série de desvios de recursos públicos enquanto Fonseca esteve a frente do órgão, principalmente após ele pagar cerca de R$ 500 mil para empresa da própria esposa, a Bucar Engenharia.


Na época, o juiz Cloves Augusto Alves Cabral Ferreira, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, determinou a prisão temporária de Tião e Delba e apenas o cumprimento de busca e apreensão na casa de Edson Siqueira. Apenas Fonseca foi preso temporariamente por 5 dias e Delba, por está em tratamento de saúde em Brasília, acabou não sendo detida.


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Um relatório conclusivo do inquérito policial ao qual o ac24horas teve acesso demonstra que as investigações apontaram que as irregularidades no departamento foram realizadas sem a observância dos pareceres emitidos pelo setor jurídico da autarquia, sob o comando de Tião Fonseca, que atuou favoravelmente ao consórcio composto pela empresa Bucar Engenharia, de propriedade de sua esposa, Delba Bucar.


De acordo com a polícia, na cronologia dos fatos, é possível comprovar que o pedido de realinhamento econômico financeiro, solicitado ao órgão pela empresa, foi realizado ainda no ano de 2019, sendo submetido a um parecer técnico que mesmo com o fornecimento incompleto de documentos por parte da gestão do Depasa a Controladoria-Geral do Estado (CGE), ficou demonstrada a falta de uma série de páginas, inclusive sobre os valores que eventualmente deveriam ser pagos ao consórcio.


A análise dos documentos permitiu também verificar que o próprio processo administrativo foi fornecido incompleto às auditorias que iniciaram os trabalhos em junho de 2020 o que ocasionou também a chamar atenção pelo fato dos serviços prestados pela Bucar no Estado entre os anos de 2014 a 2017, não serem pagos por falta de comprovação. Com a nomeação de Fonseca ao cargo de diretor-presidente, os procedimentos para pagamento da empresa da esposa andaram a passos largos, que após três dias houve a liberação financeira para pagamento com anuência de Edson Siqueira e mesmo após ser exonerado, Fonseca conseguiu encaixar a nomeação de seu cunhado, Mamede Bucar para ser diretor-financeiro da autarquia, mantendo uma forte influência familiar.


Com o indiciamento, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público que deverá ou não apresentar denúncia à justiça. Caso seja denunciados, o juiz decidirá se os alvos se tornarão réus, o que deve ocorrer até o final deste ano.


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