Candidato à reeleição, desta vez pelo PSD, o indígena Ashaninka Isaac Piyãko diz que as pesquisas internas do município apontam a liderança de seu nome e afirma: “o índio vai ganhar de novo”.
Pyãnko ficou ainda mais confiante depois que o ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo, Itamar de Sá (PT), retirou a candidatura e pôs no lugar a própria esposa, Carlene Sá. Segundo Piyãko, a população não aceitou bem o gesto de Itamar, o que para ele remete a uma antiga prática do PT.
“Aqui PT não tem poder de eleger quem indicar. Todos acharam uma falta de respeito dentro do próprio partido dele, onde há gente da terra e com história no PT, que poderia ser candidato. Agora o PT está rachado”, cita.
Piyãko foi eleito pelo MDB e no meio do mandato foi para o PSD. O candidato afirma que o eleitorado dele não se ressente dessa mudança. A coligação dele, que além do PSD conta com o PP, PCdoB, PSDB e Solidariedade , conta com 61 candidatos a vereador e busca eleger 5. A Câmara Municipal de Marechal Thaumaturgo tem 9 vereadores.
O carro chefe da campanha do candidato é o avanço no fortalecimento da agricultura familiar. Quer que a merenda escolar seja composta por itens da agricultura local.
Os outros candidatos de Marechal Thaumaturgo e são Carlene de Sá e Silvano Queiroz do PROS.
Mas para concorrer à reeleição, Piyãko terá que recorrer do pedido do Ministério Público, de impugnação da candidatura. Para o MP, ele é inelegível porque teve prestações de contas do mandato rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A promotora eleitoral Manuela Canuto de Santana Farhat, que pediu a impugnação cita que “no caso dos autos, no exercício do mandato de prefeito municipal, teve suas contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado, em decisão definitiva. Destacam-se as irregularidades insanáveis que configuram atos dolosos de improbidade administrativa”.
O candidato afirma não ter conhecimento do pedido feito pelo Ministério Público. “Não recebi nada sobre isso”, alega.