O trabalho de manutenção asfáltica da Variante, que liga a BR-364 a cidade de Cruzeiro do Sul, foi iniciado há 21 dias. Mas, em seguida, o serviço foi abandonado no meio, deixando muitos trechos com imperfeições e espaços deteriorados, com pouca sinalização, oferecendo perigo para os motoristas.
A Variante tem 12 quilômetros e os buracos feitos pela empresa para a troca de asfalto se espalham na metade da estrada. À noite a situação é ainda mais grave porque o trecho não é iluminado. O abandono do serviço também ocasionou prejuízos: como o asfalto saturado foi retirado, as depressões com quinas afiadas nas bordas furam os pneus dos carros.
André Santos, que mora em Cruzeiro do Sul e trabalha em Rodrigues Alves, passa duas vezes ao dia no trecho e reclama. “Começaram, mas depois as máquinas sumiram e só ficaram esses rasgos aí no asfalto. Perdi um pneu que estourou aí”.
O taxista Paulo Francisco dos Santos, que faz lotação entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, conta que se espantou com o ritmo do serviço . “Quando eu vim há mais de uma semana, já estava assim tudo parado e sem sinalização e continua igual “.
A Variante, como toda a extensão da BR-364, é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O serviço na Variante é executado pela construtora Andrade e Vicente, de Rondônia, e a empresa mantém uma usina de asfalto na entrada de Cruzeiro do Sul.
O superintendente do DNIT no Acre, Carlos Moraes, destaca que já pediu explicações à empresa sobre o atraso no trabalho e determinou a paralisação da abertura de novos reparos, para evitar transtorno aos usuários.
“A empresa alega estar enfrentando diversos problemas para produzir o asfalto (CBUQ), como atraso na entrega do ligante, quebra de equipamento e desligamento de colaboradores. Mas estamos cobrando que essas dificuldades sejam sanadas para a conclusão dos serviços”, explica Moraes, afirmando que o serviço já será retomado nesta quinta-feira, 17.
A mesma empresa é responsável pelo trecho da BR-364 entre o Rio Liberdade e Cruzeiro do Sul. No restante da rodovia, o trabalho de manutenção é feito por duas empresas acreanas, sendo uma de Rio Branco e outra de Mâncio Lima.