Ao menos 20 servidores que trabalham no prédio em que funciona a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), em Rio Branco, passaram a reclamar de problemas de saúde como náuseas, vômito, cólica, diarreia, febre e cefaleia (dor de cabeça) após ingerir a água dos filtros que foram colocados no órgão. Segundo a denúncia, a água ingerida é proveniente de um reservatório da própria secretaria.
O investimento nos filtros, que a Sesacre não informou o custo, foi feito para substituir os antigos bebedouros. “A água da Sesacre dos bebedouros está possivelmente contaminada e após alguns servidores apresentarem diarreia não foram mais colocados água nos filtros. Com isso, os servidores e a população não têm água para beber e nenhum diretor se posicionou na resolução até o momento”, diz um servidor que pede para não ser identificado.
O profissional conta ainda que a água que saía do filtro era turva e que os servidores estão tendo que comprar água para saciar a sede durante o expediente. “O servidor que viu a água turva no copo foi até a vigilância sanitária que fica no prédio da Sesacre e mostrou a água. A partir daí diversos servidores do prédio foram até a vigilância informar que tiveram diarreia por vários dias. Já existem em vários setores bebedouros e galões de água que estão sendo comprados pelos servidores. No setor de regulação do TFD, existe um bebedouro e galões que foram comprados pelos servidores”, diz o denunciante.
O ac24horas procurou a Sesacre, que por meio de uma nota, assinada pela diretora administrativa Muana Araújo, confirma que servidores relataram terem passado mal após consumir a água. Diz ainda que foram instalados outros bebedouros e que não há falta de água no prédio. Muana afirma ainda que já tem a informação, mesmo sem apresentar o laudo, de que após testes, a água foi analisada como apta para consumo humano.
Veja a Nota de Esclarecimento da Sesacre:
A Secretaria de Estado de Saúde por meio da Diretoria Administrativa esclarece que:
1. No dia 2 de setembro alguns servidores do 4ª e 5º andares informaram apresentar problemas intestinais. De imediato, a Divisão de Vigilância em Saúde (DVS), por meio da Divisão de Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica, iniciou a investigação para apurar as possíveis causas.
2. Informa ainda que não houve descaso com os servidores, pois, no mesmo dia, foi solicitado que quem apresentasse sintomas deveria se dirigir ao DVS para a devida apuração dos fatos.
3. Como a água é de uso de todos os servidores, a diretoria de imediato solicitou o fechamento dos bebedouros e cisterna para a devida apuração. Para evitar o desabastecimento de água foram instalados outros bebedouros em cada andar, sendo que são disponibilizados 240 litros de água por dia.
4. A Vigilância realizou a coleta de água nos bebedouros e cisterna, a qual foi viabilizada pelo Vigiágua e analisada pelo Depasa. Após a coleta da água para análise de qualidade foi realizada uma nova limpeza neste reservatório.
5. Nesta quinta-feira, 10, a Vigiágua informou que os resultados da análise atestam que a mesma está apta para o consumo humano e o laudo será encaminhado até o fim da tarde para a Sesacre.
Muana Araújo
Diretora Administrativa da Sesacre