O Superior Tribunal de Justiça define amanhã se vai referendar ou não a decisão do ministro Benedito Gonçalves que, na sexta-feira, afastou de seu cargo o governador fluminense Wilson Witzel. Há críticas à decisão, principalmente por abrir o precedente de um único ministro, em decisão monocrática, afastar um governador eleito. (Valor)
Uma das críticas levantadas é de que Benedito estaria se posicionando para uma vaga no Supremo. Ele não é candidato, lembra Bernardo Mello Franco. De acordo com a lei, ministros do STF devem ter mais de 35 e menos de 65. Benedito tem 66. (Globo)
O STJ não terá apenas de decidir se mantém o afastamento ou não. Antes, precisará se explicar ao Supremo — o presidente José Antonio Dias Toffoli deu 24 horas à Corte para que comunique oficialmente suas razões. O recurso irá ao STF e Toffoli é o relator do processo. (G1)
Pois é… O Planalto está pressionando o STJ. Quer que o afastamento do governador seja mantido. Ontem, no Twitter, o vice-governador Cláudio Castro já falou que havia conversado com o senador Flávio Bolsonaro. “Diálogo!”, ele celebrou. Seja quem for o governador do Rio, indicará o chefe do Ministério Público e o da Polícia Civil, responsáveis pela investigação do caso de rachadinha envolvendo o próprio filho Zero Um. (Folha)
Então… Os procuradores responsáveis pelo caso no MP-RJ encerraram ontem a investigação sobre Flávio. Os autos estão sob sigilo e o comando do Ministério Público decidirá como dar procedimento. (Globo)
Enquanto isso… Na quinta passada, à noite, o procurador-geral da República Augusto Aras procurou no Supremo o ministro Gilmar Mendes. Queria defender foro privilegiado para Flávio — embora, de acordo com decisões passadas da Corte, ele não o tenha. Pelo que ouviu Bela Megale, estes encontros são corriqueiros. (Globo)
Se a disputa no tapetão ainda corre, Cláudio Castro permanecerá em silêncio, conta Guilherme Amado. Evitará falar como governador. (Época)
Até porque Castro também é investigado, como o é o presidente da Assembleia Legislativa, o petista André Ceciliano. São os dois nomes na linha de sucessão. Assim como pode ocorrer impeachment de Witzel e Castro. Se ocorrer em 2021, seria a Alerj quem escolheria um governador para completar o mandato. Segundo Mônica Bergamo, já circula o nome de Rodrigo Maia.