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O Gladson e o governador…

Na sexta-feira passada, por volta das 13h30, tive um encontro com o governador Gladson Cameli em seu escritório. Estava a caminho de casa quando vi uma mensagem no WhatsApp: “Me liga”. Não é nenhum privilégio. O Gladson faz isso com todos, principalmente com jornalistas, colunistas políticos e amigos de uma maneira geral. Ele gosta de perguntar, de conversar, de ouvir. Liguei de volta:


_ Onde você está, perguntou!


_ Passando na Estação a caminho de casa, respondi.


_ Podes vir aqui no meu escritório?


_ Estou indo.


Chegando lá encontrei o deputado Nicolau Júnior, o secretário Alysson Bestene, Moisés Diniz, Normando Sales, Eli Assem, o ex-prefeito Deda.


_Astério, ele está te chamando, me avisaram. Acho que já fazia uns três meses que não o via pessoalmente.


_ Como você está, governador?


_ Cansado, muito cansado amigo. Graças a Deus que agora está tudo bem com meu pai.


Curvou o corpo sobre a mesa, cruzou os braços, baixou os ombros denotando exaustão. Estava realmente cansado. Ergueu-se na cadeira tentando afastar a fadiga e perguntou minha opinião em relação às eleições em alguns municípios. Conversamos mais alguns minutos. Me disse que estava a caminho de Cruzeiro do Sul com duas grandes preocupações: conseguir a vacina para a C-19 o mais rápido possível e recuperar a economia do estado.


De repente o Gladson afadigado deu lugar a uma pessoa cheia de energia. De esperança. Era outro. Sorridente e disposto. O Gladson cansado tinha ido embora. O governador tinha voltado.


Do presidente da república ao vereador: o homem é um, a função outra. Um dia a função passa, o homem fica. Acho que todo político é meio masoquista: sente prazer na dor, na aflição e na angústia. Efeitos colaterais do poder. Vem desde os gregos que inventaram a política. Um bom exemplo foi Sócrates. Inocente, foi julgado, condenado a morte pelas leis e pela democracia de Atenas que ele tanta amava. Ofereceram fuga, teria uma vida tranquila em outra cidade-estado grega. Preferiu cumprir a sentença tomando a cicuta e morrendo. Sempre haverá um político disposto a tomar cicuta.


“A tentação do bem nunca é totalmente desinteressada”. (Marseille)


. Para quem queria mudanças elas estão acontecendo, é só observar por trás da cortina de fumaça.


. Novos prefeitos e novos vereadores serão eleitos em 2022, haverá mais mudança.


. Tudo é um processo, é movimento!


. O pré-candidato a prefeito do PT, deputado Daniel Zem, disse à COLUNA que o partido está sim unido em torno de sua candidatura.


. Disse mais:


. Quem está mais bem acompanhado do que outros pré-candidatos.


. A alfinetada tem endereço certo:


. La Plaza de la Revolution.


. Siempre adelante! Siempre adelante! Compañeros!! (Carlos Puebla).


. O pré-candidato do PV, juiz aposentado Pedro Longo, não vê nenhuma tragédia na decisão do governador Gladson em apoiar a reeleição da prefeita.


. Para ele, tragédia mesmo é esgoto a céu aberto, ruas sem pavimentação, transporte coletivo sem qualidade nenhuma, além de outras cositas más.


. O que mais as autoridades temiam aconteceu:


. As pessoas perderam o medo do coronavírus!


. A cidade inteira virou um mercado persa.


. Estamos chegando à casa dos 600 mortos!


. Bom dia!