A cúpula da Polícia Civil do Acre explicou em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 3, a operação que culminou com prisão do ex-presidente do Depasa, Tião Fonseca.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil no Acre, Josemar Portes, as investigações iniciaram há cerca de 2 meses e as provas colhidas até o momento apontam para indícios muito fortes de desvios de recursos públicos. O ac24horas apurou que um pagamento na ordem de R$ 561.853,06, realizado em março deste ano, em favor da empresa Bucar Engenharia, de propriedade da esposa de Fonseca, Delba Nunes Bucar, é o principal ponto investigado. A investigação é conduzida pela Polícia Civil e conta com a parceria do Ministério Público e da Controladoria Geral do Estado.
“A ação de hoje é um afloramento dessa investigação que identificou indícios bastante eficientes de que efetivamente ocorreu um ilícito ou alguns ilícitos no Depasa”, afirma o delegado geral da Polícia Civil.
Josemar Portes afirmou que Polícia Civil deve concluir as investigações nos próximos dias. “Mais rápido possível teremos condições de concluir essa investigação, já que o inquérito está na fase final para que o Ministério Público possa fazer seu trabalho eventualmente apresentando a denúncia”.
O delegado responsável pelas investigações, Alcino Júnior, explicou que foi pedido o bloqueio de bens dos envolvidos e que os valores investigados que teriam sido pagos de forma criminosa superam os R$ 500 mil.
“A ideia é por meio do bloqueio de bens fazer com que o estado possa recuperar os valores que foram subtraídos no pagamento irregular para determinada empresa que tem vínculo com ex-gestor”, disse.
A operação nesta sexta cumpriu mandados de busca e apreensão e explicou que apenas um mandado de prisão contra o Tião Fonseca, ex-presidente do órgão foi cumprido até o momento. O mandado de prisão em nome da esposa do ex-gestor, Delba Nunes, ainda não tinha sido cumprido até o final da coletiva.