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O pomo da discórdia!

Que a política causa contenda e divisão entre familiares, amigos e compadres não é nenhuma novidade. Um caso clássico no Brasil foi o estrago que Pedro Collor, irmão do ex-presidente Fernando Collor fez no governo do irmão. Na última eleição inúmeras famílias se dividiram entre o bolsonarismo e seus opositores. Foi um verdadeiro desmoronamento nas relações que levará anos para ser reconstruído. Pais contra filhos, filhos contra pais, irmãos contra irmãos… maridos contra esposas e esposas contra seus maridos.


O acirramento no Acre também vem acontecendo. É que depois de derrotar o PT e a Frente Popular, que dominou por 20 anos o governo no Acre, a coligação liderada por Gladson Cameli (PP), major Rocha (PSDB), Flaviano Melo, Márcio Bittar (MDB), Sérgio Petecão (PSD) e demais aliados de menor envergadura chega ao fim com a eleição desse ano.


O pomo da discórdia é a candidatura à reeleição da prefeita Socorro Neri, do PSB, decidida pelo governador. Os aliados (a ponto de se tornarem inimigos políticos), reclamam, mas também tem seus candidatos. O MDB tem o Duarte, o PSDB o Minoru, o PP o Bocalom apoiado por Mailza Gomes, Sérgio Petecão e José Bestene.


Consta que o governador está disposto a deixar o PP em defesa de Socorro Neri. Os “aliados” já conversam nos bastidores para uma nova configuração política se Bocalom for rifado do processo. A aposta de ambos os lados é alta. O dia D é hoje, às 17 horas. Quem sabe, antes! Não será o fim do jogo, mas o começo. Por enquanto só a treino de apronto.


Na mitologia grega a deusa Discórdia lançou o pomo (maçã) com inscrição “À mais bela” entre as divindades causando confusão na festa por não ter sido convidada. Foi um deus nos acuda. Lás pelas tantas (depois de idas e vindas) Paris decide entregar o pomo a deusa Vênus em troca do amor de Helena, mulher de Menelau. Cumpri-se a professora sobre Paris, seria o responsável pela destruição de sua cidade: foi o fim trágico de Tróia. Por isso de fala até hoje “o pomo da discórdia”.