Quem vive nos bastidores da política acreana sempre escuta “o impossível é real” e “me engana que eu gosto é oração”. Tendo essas frases batidas como prefácio, este blog conta uma historinha cômica que teria ocorrido ontem no gabinete do vice-governador, Major Rocha, contada por uma das fontes desta página, que vocês vão conhecer agora: O Brecheiro. Essa figura órbita os palácios e secretarias desde o tempo que o Acre era território.
Pois bem, Brecheiro me contou que o presidente do Solidariedade no Acre e secretário do Meio Ambiente, Israel Milani, conversou com Major Rocha para falar sobre o episódio do áudio de uma reunião interna do partido que vazou, onde ele criticava o vice de ser “perseguidor”. Na prosa, Milani teria dito que a gravação havia sido editada e muitas coisas ditas foram tiradas do contexto e escolheu o advogado Luziel Carvalho, pré-candidato a prefeitura, afastado pelo partido como responsável por fazer tudo isso.
Para Israel, ele, o Solidariedade e até mesmo Rocha, foram as vítimas do processo. Segundo Brecheiro, Rocha apenas balançou a cabeça e disse que tudo estaria superado. Animado, o secretário fez um pedido no mínimo curioso: solicitou que o vice retirasse o ofício que encaminhou a ele pedindo explicações sobre o episódio.
Dizem que neste momento Rocha teria agido como Don Corleone, em uma das primeiras cenas de O Poderoso Chefão, onde ele conversa com Bonasera. “Bonasera… Bonasera… o que eu fiz para você me tratar tão desrespeitosamente? Se você tivesse vindo a mim com respeito…”.
Neste momento, Israel arregalou os olhos e escutou um sonoro NÃO. Ele vai ter que responder o ofício e entender que ele é novo no ramo.
Por falar em Milani
Muita gente ficou chocado com a história do Solidariedade, que só tem uma deputada federal e tem 150 cargos enquanto o PSDB, que também uma deputada federal e mais dois deputados estaduais, ter apenas 60. Isso me lembrou aquela história do início de governo de que o deputado Neném Almeida tinha 70 cargos. O Neném está mais importante que os tucanos.
Articulação no Iaco
Com a oposição dividida, o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, deve se reeleger sem muitos problemas. Prevendo isso, opositores começam a desenhar alianças com candidaturas para tentar derrubar o emedebista. O blog teve a informação que foi proposto que a empresária Charlene Carvalho fosse vice de Toinha Vieira para tentar fortalecer a chapa. A mesma proposta teria sido feita por Gerlen Diniz a empresária. A oposição só teria uma chance se fosse unida, com Gerlen, Toinha e Charlene, mas parece que a mistura desses ingredientes dar dor de barriga, tanto que Serafim já começou a trabalhar nos bastidores para sondar Toinha para ser sua vice, assim ganharia a eleição deitada numa rede. É esperar para ver!
Climão no Progressistas
O fato do governador Gladson Cameli desmentir a cúpula do seu partido ao afirmar que não chancelou apoio a pré-candidatura de Tião Bocalom, após café da manhã, servido pela senadora Mailza Gomes, em Brasília, pegou muito mal. Todos ficaram desmoralizados, o coitado do Bocalom então. Que cara ele vai ter a partir de agora para sair da rua? Meu velho e bom amigo Boca, assim que essa história tiver um desfecho, o espaço desse jornal é todo seu para você abrir o seu coração a respeito do assunto.
Petecão
Liguei ontem para perguntar do senador Sérgio Petecão sobre o episódio. Ele me disse que acredita tanto no Gladson quanto na Mailza e, independente de qualquer coisa, vai com Bocalom até o fim. “Eu estou repetindo a mesma história há meses. Sou Bocalom, o Progressista quer o Bocalom. Se o governador quiser apoiar, que bom. Se não quiser, não tem problema”. Registro feito, meu senador!