Apesar de a secretaria municipal de Saúde de Cruzeiro do Sul ter repassado as orientações necessárias sobre como devem proceder os enterros de vítimas da Covid-19, os últimos dois enterros de óbitos por coronavírus podem ter ocorrido de forma irregular, conforme denúncias. Os referidos sepultamentos aconteceram em caixões que não estavam embalados, fato que levantou dúvidas com relação aos corpos, que também deveriam estar embalados antes de serem colocados nos caixões.
Desde que os enterros de vítimas de Covid-19 começaram em Cruzeiro do Sul, no dia 13 de maio, os caixões eram embalados em sacos plásticos pretos e enterrados em covas com três metros de profundidade. A secretária Municipal de Saúde, Juliana Pereira, explica que no sábado, 23, a Vigilância Sanitária do município orientou novamente as funerárias sobre o manejo dos corpos. “Mas todos já receberam os protocolos antes do primeiro óbito, no início de maio”, garante. Segundo ela, a atribuição de entregar o corpo embalado para as funerárias é do Hospital do Juruá e a responsabilidade com o caixão é das funerárias.
Com base nas orientações da Vigilância Municipal de Saúde e do Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC), os mortos com confirmação ou suspeita de Covid-19 são sepultados em um área de 2 hectares numa parte nova do Cemitério Morada da Paz na cidade.
A titular da secretaria de Meio Ambiente, responsável pelo cemitério, Suzana Farias, cita que o Ministério Público acompanha a situação. “Pedimos apoio e orientação ao Ministério Público sobre todo esse trâmite”. Ambos os órgãos fiscalizadores estão atentos aos procedimentos adotados pelas funerárias de Cruzeiro do Sul no traslado e enterros das vítimas do coronavírus. O objetivo é evitar a contaminação do vírus a pessoas que tenham contato com os corpos e caixões.