A taxa de letalidade por picada de cobra é de 0,4% no Acre, levando em conta que a ocorrência é de 53 casos por 100.000 habitantes, segundo o boletim divulgado no começo de março pelo Ministério da Saúde.
A taxa acreana é a 2ª maior da Amazônia, perdendo para o Amazonas, com 0,5% (44.5 casos por 100.0000 hab). Em 2018, ano-base do estudo no boletim do MS, o Acre registrou 446 casos de picada de cobra.
São os acidentes ofídicos, que na linguagem técnica é o quadro de envenenamento causado pela inoculação da peçonha de serpente.
Em 2018, foram notificados no Sinan, um total de 265.643 acidentes causados por animais peçonhentos, dos quais 272 evoluíram para óbito.
Os ]Estados que mais notificaram acidentes por serpentes foram Pará (4.718), Minas Gerais (3.342) e Bahia (2.249). A região Norte, apesar de possuir cerca de 9,0% da população brasileira, notificou cerca de um terço dos acidentes ofídicos, sendo que a taxa de incidência do estado de Roraima (109,4 acidentes/100 mil habitantes) foi aproximadamente,
8 vezes maior que a taxa de incidência brasileira (13,8 acidentes/100 mil habitantes). A região norte, em comparação com as demais regiões do país, apresentou a maior taxa de incidência de 52,8 acidentes/100 mil habitantes. A segunda região de maior taxa de incidência foi a Centro-Oeste, com 16,6 acidentes/ 100 mil habitantes.
Atualizado no fim de 2019, o estudo “Serpentes do estado do Acre: riqueza, dieta, etno-conhecimento e acidentes ofídicos” elaborou uma lista com 69 espécies no Estado do Acre. O estudo é de autoria de Marilene Vasconcelos da Silva, que fez a pesquisa para curso de pós-graduação na Ufac.
O boletim do Ministério da Saúde pode ser acessado aqui
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/05/Boletim-epidemiologico-SVS-09–.pdf