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Paciente que luta contra a depressão denuncia que não consegue consulta em posto de saúde

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Quem faz tratamento contra a depressão sabe que parte do tratamento é feito a base de remédios que são adquiridos apenas com receituário especial.


Ocorre que uma paciente, que com medo de represálias prefere não se identificar, faz um grave denúncia. Segundo Maria, os pacientes que fazem tratamento contra a depressão não conseguem consultas na URAP Roney Meireles. Ela afirma que os médicos renovam a receita médica sem avaliar se houve alguma melhora ou piora do quadro clínico, se há necessidade de aumento, diminuição ou substituição da medicação ou se é necessário um encaminhamento para um especialista.


A paciente relata que há quatro meses não consegue se consultar e quando chega na URAP é feita apenas a renovação da receita. “Estou há quatro meses sem conseguir me consultar. Quando a gente chega, e não sou eu, com outros pacientes também é assim, vem uma pessoa, que eu acho que é técnica de enfermagem, recolhe a receita de todos os pacientes, vai lá na médica e volta com receita nova”.

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A paciente gravou vídeos que confirmam a renovação da receita, sem a consulta. Como existem imagens de outros pacientes que não sabiam que estavam sendo gravados, o ac24horas decidiu não publicá-las.


Ela conta que a medicação que tem tomado não tem surtido efeito. Mesmo assim, não consegue a consulta. “Eu já pedi pra ser encaminhada para um psiquiatra. Mas, quando se chega lá, eles simplesmente olham na cara da gente, perguntam qual é o remédio e trazem uma nova receita. Todas as vezes que a gente vai, o que dizem é que tem muita gente para ser atendido e por isso vão nos entregar apenas a receita”, diz Maria.


A paciente faz uma denúncia ainda mais grave e diz que aumentaram a dose da medicação, sem passar por uma consulta. “Eu disse que tava sentindo uns tremores e meu sistema nervoso alterado. Aí uma moça, que eu não sei se é enfermeira, disse que era pra eu tomar duas doses da medicação. Eu tomei e não me senti bem”.


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O ac24horas consultou uma renomada psicóloga no Acre, que por questões éticas prefere não divulgar o nome, onde afirma que o procedimento não é o correto. “O ideal seria passar por avaliação médica ou, dependendo da gravidade, encaminhar para o Caps Samaúma”.


A reportagem também procurou o gerente geral da URAP Roney Meireles. Josué Ribeiro disse ser comum a renovação do receituário, sem consulta, mas afirmou desconhecer que a paciente esteja há quatro meses tentando uma consulta sem sucesso. “Eu não tenho conhecimento desse fato. Aqui é demanda livre, todo mundo é consultado. É só vir e marcar. Vou pedir que essa paciente venha até a URAP para tomarmos as medicas necessárias”, afirma.


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