Dados do programa Queimadas, do Instituto Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados nesta quinta-feira (31), mostram que o estado do Acre registrou 43 focos de queimadas nas últimas 48 horas.
Em todo o mês de outubro, o estado acumulou o número de 354 focos de incêndios, o que corresponde a cerca de 1,4% do total registrado em todo o país. Nos meses de agosto e setembro deste ano, o Acre registrou, respectivamente, 3051 e 2977 focos de queimadas.
Durante o ano de 2019, de 1º de janeiro a 31 de outubro, o estado acreano registrou o total de 6.757 focos de queimadas – 4% do total.
Os municípios acreanos campeões de queimadas no período de janeiro a outubro são: Feijó (1.074), Sena Madureira (853), Tarauacá (721), Rio Branco (618), Brasileia (572) e Xapuri (413).
Com 852 focos de queimadas, a Reserva Extrativista Chico Mendes é a primeira colocada entre as unidades de conservação, seguida pelas Resex do Alto Juruá, com 138, e Cazumbá-Iracema, com 71 focos.
Programa Queimadas
O Programa Queimadas surgiu oficialmente em 1998, ampliando o monitoramento da Amazônia brasileira que o INPE começou a realizar em 1988, porém com olhar atento apenas ao desflorestamento da região. Com o programa se passou a identificar também ações de queima na floresta, bem como incêndios em qualquer parte do país. Com a melhoria das tecnologias, satélites mais precisos e acesso a dados em tempo real, o programa vem sendo constantemente aprimorado.
Executado pelo Instituto através de sua instituição de apoio, a Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais (Funcate) e o BNDES, com recursos do Fundo Amazônia, o Projeto Monitoramento Ambiental por Satélites no Bioma Amazônia (MSA), teve início em 2014 e ocorreu para apoiar o desenvolvimento de estudos sobre usos e cobertura da terra no bioma Amazônia, bem como a ampliação e o aprimoramento do monitoramento ambiental por satélites realizado pelo INPE.